O lucro líquido da Vale do Rio Doce teve uma leve queda no primeiro trimestre desde ano, em relação ao ano passado, ficando em R$ 3,151 bilhões, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (6), depois do fechamento do mercado financeiro.
A queda em relação a 2008 foi de menos de 1% - o resultado de janeiro a março do ano passado foi positivo em R$ 3,182 bilhões, de acordo com a mineradora.
De acordo com a assessoria de imprensa da Vale, o resultado do primeiro trimestre do ano passado foi ajustado para se adequar as novas regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que desconsideram variações cambiais e monetárias no cálculo do resultado líquido. Com o ajuste, explica a assessoria, é possível comparar os dois resultados.
Receita e exportações
A receita operacional bruta da empresa ficou em R$ 13,18 bilhões entre janeiro e março deste ano, com queda de 9,4% sobre igual período do ano passado, quando atingiu R$ 14,54 bilhões, de acordo com balanço da empresa.
O resultado calculado pelo Ebtida (lucro antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) teve queda de 18% entre 2008 e 2009, considerados os resultados do primeiro trimestre de cada ano, caindo de R$ 6,638 bilhões para R$ 5,446 bilhões.
As exportações líquidas (exportações menos importações) somaram US$ 3,068 bilhões no primeiro trimestre de 2009, número 24,3% abaixo do verificado no quarto trimestre do ano passado, de US$ 4,051 bilhões.
Panorama
A Vale destacou, no comunicado ao mercado, a retração da economia norte-americana nos últimos dois trimestres, mas afirmou que o mercado chinês dá sinais de que pode estar saindo do período de dificuldades.
De acordo com a companhia, indicadores já mostram que existe a possibilidade de uma recuperação na China - um de seus principais mercados consumidores. Depois de resultado zero no quarto trimestre de 2008, a China teria crescido 5% no primeiro trimestre de 2009, de acordo com a empresa.
Essa recuperação, diz o texto, pode se repetir até o fim do ano. "A recuperação sustentável das vendas de imóveis é condição essencial para a performance da demanda chinesa por minério de ferro, uma vez que o setor de construção é responsável por quase 40% do consumo de aço do país."