1,97% foi a taxa de inadimplência acima de 90 dias do Banco do Brasil no 1º trimestre, queda de 0,3 ponto porcentual sobre a taxa apurada no mesmo período do ano passado. Apesar da inadimplência menor, o BB elevou as despesas com provisões para calote para R$ 4,19 bilhões – alta de 27,8%. Com provisões menores, Bradesco e Itaú tiveram altas mais expressivas de lucro no trimestre.

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Maior banco brasileiro, o Banco do Brasil (BB) lucrou R$ 2,678 bilhões no 1.º trimestre, 4,7% a mais que no mesmo período do ano passado. O lucro líquido ajustado (que exclui reservas legais e contingências) caiu 9,3%, para R$ 2,436 bilhões, abaixo das estimativas do mercado.

O resultado reflete o aumento das provisões para calotes – 28,7% na comparação anual – e o aumento das despesas administrativas, que subiram 9,7% (acima da meta de 5% a 8% de alta estabelecida pelo banco para o ano), alcançando R$ 7,75 bilhões no trimestre.

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O BB também viu a sua receita com tarifas de conta-corrente recuar 5,2% no trimestre, na comparação com igual período de 2013. Considerando todos os segmentos, a renda com tarifas cresceu 6,6% no mesmo período – abaixo da meta de expansão projetada pelo banco para o ano, entre 9% e 12%.

Segundo o diretor de relação com investidores do Banco do Brasil, Ivan de Souza Monteiro, a queda nas receitas com tarifas de conta-corrente reflete a nova política de pacotes adotada pelo banco, colocando apenas os padronizados por norma do Banco Central à disposição. "Os pacotes padronizados dão mais transparência ao cliente e acreditamos que, no médio e no longo prazo, isso vai gerar retorno para o banco, pois levará a uma maior fidelização", acredita.

Crédito

O banco apresentou expansão de 18% nos financiamentos na comparação anual, totalizando R$ 699,3 bilhões ao final de março – 21,1% do mercado de crédito nacional –, à frente de Itaú Unibanco (R$ 508,246 bilhões), Bradesco (R$ 432,297 bilhões) e Santander (R$ 275,245 bilhões). O crescimento da carteira foi puxado pelo aumento no crédito agrícola e dos empréstimos imobiliários (88% em 12 meses).

Na visão de André Riva, analista do GBM (Grupo Bursátil Mexicano), o BB "vem sofrendo com a queda no nível do 'spread', que passou para 4,1% no primeiro trimestre, e a desaceleração do nível de concessão de crédito". O "spread" é a diferença entre a taxa de juros que os bancos pagam pelos recursos e a que cobram de seus clientes nas operações de crédito.

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