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Bruno Garcia dirige Marília Medina, em "Apareceu a Margarida" | Divulgação/FTC 2007
Bruno Garcia dirige Marília Medina, em "Apareceu a Margarida"| Foto: Divulgação/FTC 2007

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) registrou lucro de R$ 104,8 milhões em 2006, número 21% maior que os R$ 86,5 milhões de 2005. No mesmo período, o patrimônio do banco subiu de R$ 719,4 milhões para R$ 834,9 milhões, aumento de 16%. Foram 8.778 financiamentos contratados, que atingiram o valor de R$ 1 bilhão, volume recorde da instituição, responsável por um crescimento real de 4% sobre o ano anterior. Só no Paraná foram R$ 337 milhões financiados em 3.228 financiamentos, o que, segundo o BRDE, permitiu a geração de 16,1 mil empregos no estado.

Apesar de o banco público ter como foco investimento em setores que enfrentam crise, o resultado positivo é importante para aumentar a capacidade de novos financiamentos. "Nos preocupamos com o lucro, porque é só assim que conseguimos aumentar nosso patrimônio, o que nos permite trazer mais recursos para financiamentos", disse ontem o superintendente da agência de Curitiba, Carlos Olson, na apresentação dos resultados financeiros. O saldo de operações de crédito passou de R$ 2,7 bilhões para R$ 3,2 bilhões de 2005 a 2006, aumento de 19,2%.

Do total de R$ 1 bilhão de financiamentos contratados, R$ 843,8 milhões foram liberados principalmente para o setor agropecuário, que recebeu no ano passado R$ 260,4 milhões, número 5% maior que os R$ 248,1 milhões liberados em 2005. Logo depois veio a indústria, que ficou com R$ 234,6 milhões em 2006, valor 15% menor do que os R$ 275,1 milhões retirados no ano anterior. A injeção de recursos no setor de comércio e serviços passou de R$ 127,4 milhões para R$ 119,1 milhões, no mesmo período, uma queda de 6%, enquanto o volume destinado ao setor de infra-estrutura passou de R$ 84,4 milhões para R$ 229,4 milhões, um crescimento de 172%.

Dos clientes do banco, 78% são mini e pequenos produtores rurais ou micro, pequenos e médios empresários. No entanto, há dificuldade em atendê-los, pois eles precisam de mais flexibilidade, explicou ontem Carlos Frederico Marés, diretor de acompanhamento e recuperação de crédito (leia matéria ao lado). A carteira de financiamentos da instituição é composta por 42,6 mil operações ativas, de médio e longo prazo, com saldo devedor médio de R$ 77,9 mil. O BRDE registrou, em 2006, R$ 526,7 milhões em receitas e R$ 392,6 milhões em despesas, o que permitiu um resultado operacional de R$ 133,7 milhões. "Nos sustentamos sem usar a renda de aplicações, o que nos permite continuar crescendo", disse o superintendente Olson. O banco recolheu no ano passado R$ 111,7 milhões em ICMS, dos quais R$ 33 milhões foram do Paraná.

A taxa de inadimplência do BRDE chegou a passar dos 10% em 2006, mas fechou o ano em 4% devido à rolagem das dívidas agrícolas pelo governo federal e à repactuação de créditos em atraso. O banco é controlado pelos três estados do Sul do país, em igual divisão de 33% de controle para cada. O resultado positivo do ano passado deixou o banco na 8.ª posição no ranking dos 85 agentes credenciados a operar com financiamentos do BNDES.

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