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Lucro do Itaú cai 9,1% no 2º trimestre e banco revisa projeções para o ano

 | Daniel Castellano/Gazeta do Povo

O lucro recorrente do Itaú Unibanco –que exclui efeitos extraordinários – caiu 9,11% no segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2015, para R$ 5,575 bilhões. A queda e o aumento da inadimplência fizeram o banco revisar suas projeções de crescimento neste ano.

Na comparação com os três meses anteriores, o lucro recorrente do banco cresceu 8%, ajudado pelo avanço de 6,6% nas receitas com serviços e pela queda de 19% das despesas para perdas de calotes de clientes. O banco também viu crescimento de 14,3% na recuperação de créditos no período.

O lucro líquido divulgado – que inclui eventos não recorrentes – recuou 7,8% na comparação anual, para R$ 5,518 bilhões. Ante o primeiro trimestre, cresceu 6,44%.

A carteira de crédito do Itaú, incluindo avais e fianças, cresceu 7,8% no segundo trimestre, para R$ 573,003 bilhões.

O banco viu a taxa de inadimplência subir de 3,5% no primeiro trimestre para 3,6% no segundo. No mesmo período de 2015, o índice era de 3%. Apesar disso, a provisão líquida para perdas do calote de clientes caiu 23% no segundo trimestre frente aos três meses anteriores, para R$ 5,365 bilhões.

O Itaú Unibanco informou ainda que a rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio, que mede como o banco remunera seus acionistas, foi de 20,6% no segundo trimestre, alta de um ponto percentual na medição sequencial, mas queda de 4,2 pontos percentuais sobre um ano antes.

Revisão

Assim como o Bradesco, o Itaú, maior banco privado do país, cortou suas projeções de desempenho para este ano.

A queda estimada para a carteira de crédito total foi revisada para o intervalo de 5,5% a 10,5%. Antes, o recuo previsto era de 0,5% a 4,5%.

A expectativa para provisões para perdas com calotes também cresceu. O banco agora prevê despesas de R$ 23 bilhões a R$ 26 bilhões, contra projeção anterior de R$ 22 bilhões a R$ 25 bilhões.

O Itaú anunciou ainda proposta de pagamento de bonificação aos acionistas a ser feito via aumento de capital de R$ 12 bilhões.

Bonificação

Segundo o Itaú Unibanco, a bonificação aprovada pelo Conselho de Administração na véspera, que será submetida à assembleia de acionistas, servirá para “aumentar a liquidez das ações em decorrência do ajuste do valor de sua cotação no mercado”.

A proposta envolve um aumento de capital de R$ 12 bilhões por meio da emissão de 598,4 milhões de ações, das quais 304,7 milhões serão papéis ordinários e 293,7 milhões preferenciais.

A distribuição será feita à razão de uma nova ação para cada 10 detidas pelos investidores. As ações em tesouraria do banco também serão bonificadas, segundo a proposta. O Itaú Unibanco informou ainda que os dividendos mensais serão mantidos em R$ 0,015 por ação.

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