São Paulo O Itaú fechou o primeiro semestre deste ano com lucro recorde de R$ 2,958 bilhões. Trata-se do maior lucro da história dos bancos de capital aberto no Brasil, segundo dados ajustados pela inflação calculados pela consultoria Economática.
O resultado do Itaú nos primeiros seis meses deste ano é 19,5% superior ao de igual intervalo de 2005.
Somente no primeiro trimestre, o Itaú lucrou R$ 1,498 bilhão, volume 2,6% maior do que nos primeiros três meses deste ano e 12,37% maior do que o período de maio a junho do ano passado.
Ações
Apesar do resultado positivo, as ações do Itaú negociadas na Bovespa recuavam ontem. Às 11h20, os papéis preferenciais caíam 2,88%, vendidos a R$ 64,60, e fecharam o dia com queda de 2,73%, a R$ 64,70. As ações da Itausa, holding que controla o banco, tinham baixa de 2,22%, a R$ 8,80. O mau humor no pregão explica parte da queda das ações.
A explicação para a baixa nos papéis é que, embora os resultados tenham ficado dentro das expectativas do mercado, a taxa de inadimplência entre os clientes do banco surpreendeu passou de 4% no primeiro trimestre para 4,4% no segundo. A inadimplência entre pessoas físicas subiu de 6,5% para 7% no período, e entre as pessoas jurídicas a taxa recuou de 1,5% para 1,4%.
"O movimento de venda das ações do Itaú é mais um ajuste do que uma tendência", explica Rafael Quintanilha, analista de investimentos da corretora Ágora Sênior. "Investidores que estavam apostando em um índice menor deixam de apostar tão fortemente no banco, desfazendo-se de uma parte dos papéis em carteira."
Longo prazo
Isso não muda as perspectivas para as ações no longo prazo. De olho no crescimento das operações da financeira Taií, nas parcerias com redes varejistas como o Grupo Pão de Açúcar e as Lojas Americanas e nos frutos que a compra da Credicard e do BankBoston podem render, especialistas projetam um preço-alvo para os papéis entre R$ 81 e R$ 82 no final do ano o que significa um potencial de valorização de até 23%, considerando o preço de fechamento de R$ 66,52 de ontem.
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