O Paraná Banco, braço financeiro do grupo J. Malucelli, registrou um lucro líquido de R$ 21,2 milhões no terceiro trimestre, o que representou aumento de 172% sobre o mesmo período do ano passado. Considerando-se os R$ 24,5 milhões incorporados ao patrimônio líquido, referente a mudanças contábeis de comissões e diferimentos, e as despesas com a abertura de capital, o resultado líquido ajustado totalizou R$ 77,7 milhões de janeiro a setembro, 100,8% mais do que no mesmo intervalo de 2006.
Segundo Luis César Miara, diretor financeiro e de relações com investidores, o resultado é reflexo do crescimento da carteira de crédito total, que avançou 92% e superou R$ 1 bilhão em 30 de setembro de 2007. As operações de crédito consignado, principal atividade do Paraná Banco, bateram novo recorde no último trimestre, com aumento de 62%, para R$ 258,5 milhões. No acumulado do ano, essas operações chegam a R$ 637,7 milhões, o que equivale a um crescimento de 43% sobre 2006.
O resultado divulgado ontem inclui o lucro de R$ 10,5 milhões nos primeiros nove meses da Seguradora J.Malucelli, que foi vendida em 2005 e novamente comprada esse ano pela instituição. O processo de incorporação ainda aguarda aprovação da Superintendência de Seguros Privados (Susep). A expectativa é que o Patrimônio Líquido (PL) do banco alcance R$ 849 milhões em setembro estava em R$ 781,2 milhões com a incorporação da seguradora.
Outro destaque do balanço é a expansão do modelo de franquias, lançado em março desse ano e que superou as expectativas da instituição. Segundo Miara, a previsão inicial era alcançar 30 unidades, mas foram abertas 51 no terceiro trimestre e o ano deve encerrar com 75. Para 2008, a previsão é chegar a 210 franqueados, que serão responsáveis por 10% das originações de empréstimos da instituição. Atualmente 21% dos negócios são gerados pelo canal de franquias, pelas lojas próprias e pelos call centers. O Paraná Banco também informa que já iniciou processo de migração para o Nível 2 de governança corporativa na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O banco, que fez uma oferta primária de ações em junho, em uma operação que rendeu R$ 529,2 milhões, anunciou em outubro a recompra de até 10% dos papéis no mercado. Desde a oferta, os preços das ações acumulam uma queda de cerca de 14% e ontem eram cotadas a R$ 11.