O lucro líquido do espanhol Santander no Brasil foi de R$ 1,501 bilhão, 8,5% menor do que o registrado no mesmo período de 2011 (R$ 1,641 bilhão). Na relação com o segundo trimestre deste ano houve crescimento de 2,5% (R$ 1,464 bilhão).
As informações seguem o padrão internacional contábil (IFRS) e constam do balanço da instituição no Brasil, divulgado nesta quinta-feira (25).
Nos noves meses do ano (de janeiro a setembro), o lucro recuou 5,7%, na relação com o mesmo período de 2011. Neste ano, a instituição lucrou R$ 4,731 bilhões, ante R$ 5,018 bilhões no ano passado.
A instituição também apresentou o balanço no padrão brasileiro. Neste recorte, feito para "para estruturar a sua comunicação ao mercado e atender assim, a solicitação da comunidade investidora", o Santander Brasil lucrou R$ 591,496 milhões no terceiro trimestre, com uma queda de 31,7% na comparação com igual período de 2011 (R$ 555 milhões).
O patrimônio líquido do banco somou R$ 51,944 bilhões em setembro, excluindo R$ 13,847 milhões referentes ao ágio da aquisição do Banco Real.
A carteira de crédito total somou R$ 207,334 milhões, em setembro, registrando crescimento de 10,1% em doze meses e 0,8% no trimestre.
O segmento de pessoa física registrou crescimento de 9,5% em 12 meses e 0,8% no trimestre. Em 12 meses, os produtos de maior destaque foram cartões e crédito imobiliário, que juntos responderam por 72% do crescimento da carteira pessoa física, no período.
No trimestre, os produtos de destaque foram crédito imobiliário e financiamento de veículos -originados através da rede de agências do Santander- ambos crescendo 6,6%, um ritmo superior ao crescimento da carteira pessoa física.
O aumento das despesas com provisão para devedores duvidosos teve um peso importante para a redução do resultado do banco. Esse gasto somou R$ 3,607 bilhões, com uma alta de 20,9% em 12 meses.
A inadimplência continuou em ascensão, marcando 5,1%, com crescimento de 0,2 ponto percentual sobre o segundo trimestre. Em 12 meses, o indicador subiu 0,8 ponto percentual. Bradesco e Itaú Unibanco tinham reportado queda do índice neste trimestre.
Espanha
O Brasil representa mais de 25% dos lucros totais do grupo no mundo, que divulgou que seu lucro líquido no acumulado de nove meses caiu em mais de 60%, prejudicado por baixas contáveis sobre investimentos em imóveis feitos durante a explosão do mercado imobiliário espanhol.
A informação consta do balanço mundial da instituição, a maior na zona do euro -região que vê uma série de recessões e cujo conjunto de países luta para diminuir enormes deficits públicos.
O lucro líquido de janeiro a setembro totalizou 1,8 bilhão de euros ( R$ 4,73 bilhões), 66% a menos do que um ano antes, com índice de inadimplência subindo para 4,33%.