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BALANÇO

Lucro líquido da Ambev sobe 27% impulsionado por aumento da receita

No Brasil, a receita líquida com cerveja subiu 5,2% no trimestre, apesar da queda de 8,6% do volume | Josue Teixeira
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No Brasil, a receita líquida com cerveja subiu 5,2% no trimestre, apesar da queda de 8,6% do volume (Foto: Josue Teixeira /Gazeta do Povo)

A gigante de bebidas Ambev viu o lucro líquido no segundo trimestre crescer 27%, com alta da receita apesar da queda nos volumes vendidos no Brasil devido ao cenário econômico difícil e a forte base de comparação ligada à Copa do Mundo do ano passado.

A empresa teve lucro líquido de R$ 2,83 bilhões no segundo trimestre, alta de 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado, informou nesta quinta-feira (30).

O resultado operacional medido pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 23,9%, a R$ 4,12 bilhões. O resultado teve impacto de uma menor alíquota efetiva de impostos, parcialmente compensados por maiores despesas de juros.

No trimestre, a receita líquida teve aumento de 10,3%, com avanço de 3,8% no Brasil, de 14% na América Central e Caribe, 45,7% na América do Sul e de 3,5% no Canadá.

Já os volumes consolidados caíram 3,4% devido, principalmente, a uma base de comparação maior por conta da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. No país, os volumes de vendas tiveram neste trimestre queda de 7,9%, parcialmente compensada por aumento nas demais regiões.

“Por outro lado, a receita líquida por hectolitro cresceu sólidos 14,2%, impulsionada por nossas iniciativas de gestão da receita, um forte benefício de mix premium em todas as nossas operações e pelo maior peso da distribuição direta no Brasil”, disse a empresa em seu relatório de resultados.

Cerveja premium

No Brasil, a receita líquida com cerveja subiu 5,2% no trimestre, apesar da queda de 8,6% do volume. Segundo a empresa, isso ocorreu devido a iniciativas de focar em bebidas premium, mais rentáveis, e do impacto positivo do maior peso da distribuição direta no negócio da empresa.

Já a receita com refrigerante caiu 3%, com uma redução de 6% dos volumes.

As despesas com vendas, gerais e administrativas aumentaram 5% no trimestre, devido a pressões inflacionárias, principalmente na Argentina e no Brasil, disse a empresa.

“Para frente, a expectativa é que o cenário macroeconômico continue desafiador no Brasil”, disse a Ambev no relatório.

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