A estatal paranaense de energia Copel registrou lucro líquido de R$ 302 milhões no segundo trimestre de 2015, uma alta de 21,7% ante o mesmo período de 2014 – o resultado veio bem acima do estimado por analistas consultados pela Reuters, que previam um lucro de R$ 203 milhões. O número consta de balanço divulgado pela empresa na noite desta quinta-feira (13).
A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 493 milhões no período, uma alta de 5,7% ante o ano passado, também superior às projeções do mercado, que apontavam para R$ 462,7 milhões.
No segundo semestre do ano, a receita operacional da Copel atingiu R$ 3,9 bilhões, valor 25,4% superior ao mesmo período de 2014. Já os custos e despesas operacionais de abril a junho atingiram R$ 3,6 bilhões, 27,9% maior do que no segundo trimestre do ano passado – resultado influenciado, segundo a companhia, pelo maior custo com aquisição de energia no período.
Usina Colíder
No balanço divulgado nesta quinta-feira (13), a Copel traz informações sobre o andamento das obras da Usina Hidrelétrica Colíder, no Rio Teles Pires, no Norte do Mato Grosso.
De acordo com o cronograma original previsto no contrato firmado em 2010, a primeira turbina usina mato-grossense deveria ter sido entregue para operação em dezembro de 2014. No entanto, o empreendimento segue em construção. Segundo a Copel, no dia 28 de julho foi concluída a operação de lançamento e instalação do anel pré-distribuidor da terceira e última unidade geradora da usina.
A estatal afirma que, “em decorrência de atos do poder público e de casos fortuitos e de força maior”, o cronograma de entrada em operação da usina sofreu adiamentos. O início das atividades da primeira unidade geradora, prevista inicialmente para 30 de abril de 2016, passou para o segundo semestre de 2016.
Desempenho das empresas
A Copel Geração e Transmissão teve uma receita operacional líquida de R$ 659,6 milhões no segundo semestre, valor 18,6% inferior ao constatado no mesmo período do ano passado. O lucro líquido foi de R$ 123,8 milhões .
Por outro lado, a Copel Distribuição registrou uma receita operacional líquida de R$ 2,4 bilhões, 53,4% maior do que o R$ 1,6 bilhão do segundo trimestre de 2014 – resultado diretamente ligado ao reajuste nas tarifas aplicado desde o início do ano, conforme a companhia.
O último reajuste nas tarifas aplicado pelo Copel entrou em vigor no dia 24 de junho – para a alta tensão, que abrange principalmente o setor industrial, o aumento foi de 15,61% e, para o consumidor residencial, de 14,62%.
Somando o novo aumento ao reajuste extraordinário aplicado em março, de 31,87%, a fatura das residências do Paraná subiu 51% apenas em 2015.
A conta não inclui o impacto da bandeira tarifária vermelha, cobrada quando há restrições na geração hidrelétrica e que hoje impõe um adicional de R$ 5,50 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Segundo o balanço da Copel, de janeiro a junho a companhia registrou R$ 542,5 milhões referente à receita das bandeiras – desde o início do ano, o setor elétrico brasileira opera com bandeira vermelha.
Por fim, a receita da Copel Telecomunicações atingiu R$ 67,9 milhões no segundo trimestre deste ano, valor 38% superior aos R$ 49,2 milhões do mesmo período de 2014.
Venda de energia
A venda de energia para o mercado cativo da Copel Distribuição totalizou 12.223 GWh entre janeiro e junho de 2015, aumento de 1,3% em comparação ao mesmo período de 2014.
Enquanto o consumo na classe residencial diminuiu 2,4% em comparação com o mesmo período do ano passado, a classe industrial consumiu 3,9% a mais de energia da estatal.
A classe comercial também teve crescimento, de 4,1%, refletindo o aumento de 6,9% no número de clientes da companhia.
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