A operadora Telefônica Brasil, dona da marca Vivo, informou nesta quarta-feira (29) forte queda no lucro líquido do segundo trimestre na comparação anual, apesar de ter registrado alta dos resultados operacionais no primeiro balanço divulgado após a conclusão da compra da GVT.
A empresa divulgou lucro líquido pro forma, que inclui a GVT a partir de janeiro de 2014, de R$ 932,9 milhões, queda de 56,4% ano contra ano, diante de uma base de comparação afetada positivamente por mudanças fiscais, disse a empresa.
O resultado contábil, que inclui a operadora GVT apenas a partir de maio deste ano, quando a operação de compra foi concluída, foi de R$ 869,8 milhões, queda de 56,3% na mesma base de comparação.
Segundo a empresa, o lucro líquido teve queda devido ao impacto no segundo trimestre de 2014 de revisões fiscais após entrada em vigor de nova lei cujo efeito positivo foi de R$ 1,196 bilhão no período. Excluindo esse efeito, a queda anual seria de apenas 1,4%, disse a operadora.
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Leia a matéria completaAquisição GVT
Já o resultado operacional apresentou forte alta considerando a aquisição da GVT a partir de maio deste ano, com avanço do Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 15,9%, para R$ 2,95 bilhões.
A receita operacional líquida contábil subiu 15,6% em bases anuais, para R$ 9,96 bilhões no período de abril a junho, com alta de 34,1% da receita operacional líquida fixa.
Já a receita operacional líquida móvel subiu 5,5%, para R$ 5,83 bilhões. Os acessos móveis subiram 4,2%, para R$ 82,66 milhões, com crescimento de 13,1% do pós-pago e queda de 0,2% do pré-pago, devido a uma política mais restritiva de desconexão de clientes não rentáveis.
Os acessos de banda larga fixa atingiram R$ 7,1 milhões de clientes no segundo trimestre, crescimento de 5,9%. Os acessos de TV por assinatura subiram 22,3% ano contra ano, para 1,8 milhão de assinantes.O Arpu (receita média por cliente) total aumentou 0,8% ano contra ano, enquanto o Arpu de dados teve crescimento de 27,3% no período.
Os custos operacionais da companhia, excluindo gastos com depreciação e amortização, foram de R$ 7,01 bilhões no segundo trimestre, crescimento de 15,5%, principalmente devido a maiores gastos com provisões para devedores duvidosos e esforços de cobrança, além de maiores gastos com energia, entre outros.
A dívida líquida atingiu R$ 4,2 bilhões, queda de R$ 2,8 bilhões ano contra ano devido a aumento de capital realizado pela companhia, parcialmente compensado pelo pagamento de licença do leilão de 4G do ano passado.
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