O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (30) que o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul deve ser concluído até o fim do primeiro semestre deste ano. Lula tratou do tema em reunião com o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, nesta tarde. O petista ressaltou que serão necessárias mudanças no texto do acordo.
"Nós vamos trabalhar de forma muito dura para concretizar esse acordo. Mas alguma coisa tem que ser mudada, não pode ser como está lá… Nós vamos tentar mostrar ao europeu o quanto nós somos flexíveis. E queremos que os europeus também nos mostrem que são flexíveis", disse Lula.
"Nós vamos fechar esse acordo, se tudo der certo, até o meio deste ano", disse o mandatário se dirigindo ao chanceler alemão. Scholz se mostrou surpreso com a previsão de Lula. "É admirável a energia do presidente de prever que se pode fechar um acordo com essa complexidade até o fim do semestre", disse o primeiro-ministro.
Scholz apontou que o acordo UE-Mercosul "deve preparar o caminho para a transformação de nossas economias e fortalecer a colaboração tecnológica e também industrial, a proteção ambiental e climática, e elevar os padrões em matéria de direitos trabalhistas e sociais".
Ao lado do chanceler, Lula pediu que a Alemanha contribuia para que a Organização Mundial do Comércio (OMC) volte a funcionar, após ter os trabalhos suspensos a pedido dos Estados Unidos e da Índia. Ele defendeu ainda a alteração do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
“As Nações Unidas hoje não é mais [formada pela] mesma geopolítica de 1945, quando foi criada. Portanto, ela não representa mais a realidade geopolítica. Nós queremos que o Conselho de Segurança da ONU tenha força, tenha mais representatividade”, disse Lula.
O presidente citou também que o Brasil tem interesse em entrar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mas ainda avalia os termos da adesão. “Obviamente que o Brasil tem interesse em participar da OCDE. O que nós queremos é saber qual é o papel do Brasil na OCDE”, afirmou.
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