O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta segunda-feira (30) com o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz.| Foto: EFE/André Borges.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (30) que o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul deve ser concluído até o fim do primeiro semestre deste ano. Lula tratou do tema em reunião com o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, nesta tarde. O petista ressaltou que serão necessárias mudanças no texto do acordo.

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"Nós vamos trabalhar de forma muito dura para concretizar esse acordo. Mas alguma coisa tem que ser mudada, não pode ser como está lá… Nós vamos tentar mostrar ao europeu o quanto nós somos flexíveis. E queremos que os europeus também nos mostrem que são flexíveis", disse Lula.

"Nós vamos fechar esse acordo, se tudo der certo, até o meio deste ano", disse o mandatário se dirigindo ao chanceler alemão. Scholz se mostrou surpreso com a previsão de Lula. "É admirável a energia do presidente de prever que se pode fechar um acordo com essa complexidade até o fim do semestre", disse o primeiro-ministro.

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Scholz apontou que o acordo UE-Mercosul "deve preparar o caminho para a transformação de nossas economias e fortalecer a colaboração tecnológica e também industrial, a proteção ambiental e climática, e elevar os padrões em matéria de direitos trabalhistas e sociais".

Ao lado do chanceler, Lula pediu que a Alemanha contribuia para que a Organização Mundial do Comércio (OMC) volte a funcionar, após ter os trabalhos suspensos a pedido dos Estados Unidos e da Índia. Ele defendeu ainda a alteração do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

“As Nações Unidas hoje não é mais [formada pela] mesma geopolítica de 1945, quando foi criada. Portanto, ela não representa mais a realidade geopolítica. Nós queremos que o Conselho de Segurança da ONU tenha força, tenha mais representatividade”, disse Lula.

O presidente citou também que o Brasil tem interesse em entrar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mas ainda avalia os termos da adesão. “Obviamente que o Brasil tem interesse em participar da OCDE. O que nós queremos é saber qual é o papel do Brasil na OCDE”, afirmou.

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