O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (10) em entrevista aos portais de Internet que o seu papel na crise é de levar serenidade para a sociedade. Ele voltou a admitir que a crise financeira mundial é grave, mas que o país tomou uma espécie de vacina e, por isso, ainda não está sentindo os fortes efeitos do restante do mundo.
"Nós temos que acompanhar com lupa para não sermos pegos de surpresa. E depois o papel do presidente é passar para a sociedade a serenidade que a sociedade precisa para continuar acreditando no país. E isso nós estamos fazendo e vamos continuar fazendo", argumentou.
O tamanho da crise
Ele disse que continua acreditando que os brasileiros terão um Natal muito bom. "Eu continuo otimista que a gente vai ter um grande Natal no Brasil. Até porque o Brasil, embora esteja vivo e participando da economia global, a crise não chega no mesmo tamanho em todos os países do mundo. No Brasil nós não temos ainda nenhum grande projeto que sofreu qualquer arranhão".
Lula comparou a economia brasileira a uma pessoa imunizada por uma vacina. "A verdade é que o Brasil está mais preparado. É como se nós tivéssemos tomado uma vacina contra uma doença e ela está demorando para chegar ao Brasil. E, se chegar, talvez chegue numa proporção muito menor que está nos Estados Unidos, onde é o epicentro da crise", comentou.
"É preciso que a gente dê às crises a dimensão que elas têm. A crise americana é profundamente forte, mas o Brasil está profundamente preparado. Essa é a diferença básica e, por isso, nos vamos continuar incentivando [o crescimento]", completou.
Ele admitiu, porém, que se houver uma recessão grande nos Estados Unidos e ela se espalhar pela Europa e a China o Brasil não ficará imune. "Obviamente que se tiver uma crise profunda de recessão nos Estados Unidos e essa recessão atingir a Europa, que atinge a China, obviamente que todos os paises irão sofrer. Agora eu estou convencido de que o Brasil sofrerá menos do que qualquer outro país a crise surgida nos Estados Unidos".
Contas públicas
Na avaliação do presidente, as contas públicas brasileiras estão bem e não precisam de ajustes. Ele voltou a dizer também que o sistema financeiro brasileiro não está envolvido com o mercado de sub-prime.
"O sistema financeiro está sólido, as finanças públicas brasileiras estão sólidas, a política fiscal do governo esta muito sóbria e serena, as reservas nossas nos dão tranquilidade. E até agora não há sinal de que a economia brasileira esteja envolvida no sub-prime", salientou.
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