O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou na manhã deste domingo (23h30m de sábado no horário de Brasilia) para visita oficial de dois dias à Índia, país com o qual o Brasil pretende quadruplicar o volume de comércio bilateral até 2010. Uma missão de mais de cem dirigentes empresariais brasileiros está em Nova Délhi em busca de oportunidades de novos negócios. Em 2006, as trocas comerciais entre os dois países ficaram em U$S 2,3 bilhões e a meta é chegar a US$ 10 bilhões em quatro anos.
Otimista, o presidente Lula considera que os dois países estão com todas as condições de alcançar essa meta. Perguntado se não é uma meta ambiciosa demais para para se cumprir em quatro anos, respondeu:
Não. Se nós levarmos em conta o tamanho do Brasil e o tamanho da Índia e o potencial de crescimento dos dois países eu penso que é uma meta possível de ser alcançada. Sobretudo se nós despertarmos tanto nos empresários indianos quanto nos empresários brasileiros a idéia de que a distância não pode ser um problema entre Brasil e Índia. Temos potencial, temos dinâmica econômica e, portanto, penso que depende muito dessa relação que estamos construímos com a Índia disse o presidente em rápida entrevista em Nova Délhi.
Durante a visita, que só começa oficialmente nesta segunda-feira, o presidente Lula e o primeiro-ministro indiano Manmohan Singh vão também afinar a posição que os dois países levarão à reunião do G-8, sexta-feira, na Alemanha. Lula ressaltou as convergências entre Brasil e Índia nas discussões da Organização Mundial do Comércio sobre a redução de subsídios e maior acesso dos países em desenvolvimento aos ricos mercados (Rodada de Doha).
A Índia é considerada nossa parceira estratégica nas discussões da OMC. Brasil e Índia têm muitas afinidades políticas e vamos reforça-la cada vez mais.
Lula cumprirá extensa agenda de visita de Estado na Índia nesta segunda-feira. Além dos encontros com autoridades do governo indiano, participará do lançamento de um fórum de empresários brasileiros e indianos. Na terça-feira, terá encontros com empresários e políticos indianos e, no meio da tarde, embarca para Berlim.