Presidente Lula na cerimônia de assinatura do acordo de parceria para a implantação do Parque Tecnológico Aeroespacial da Bahia.| Foto: Ricardo Stuckert / PR
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar nesta quinta-feira (18) a privatização da Eletrobras feita no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, e classificou a venda da estatal como um "escárnio". A declaração foi feita durante um evento em Salvador, para formalizar a implantação do Parque Tecnológico Aeroespacial da Bahia.

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“A privatização da Eletrobras, as pessoas não gostam que se fale, mas foi um escárnio nesse país que se fez em um setor estratégico como o setor de energia”, disse Lula ao afirmar que “há muita gente nesse país que teima em retroceder”.

Na ocasião, Lula ainda ressaltou uma reunião que teve com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir o “futuro econômico desse país, a perspectiva do que está acontecendo no mundo”.

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A Eletrobras deixou de ser controlada pela União em junho de 2022, no governo de Jair Bolsonaro (PL). Crítico da iniciativa, Lula venceu a eleição quatro meses depois, prometendo rever o processo de privatização e defendendo uma retomada do protagonismo que as estatais tiveram nos governos do PT.

No ano passado, para tentar reverter a privatização da Eletrobras, o governo Lula ingressou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para elevar seu poder de voto em decisões da empresa. No fim do ano passado, o ministro do STF Kassio Nunes Marques encaminhou o processo a Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal (CCAF).

O governo Lula até que tentou, mas não conseguiu interferir politicamente na gestão da agora privatizada Eletrobras. Em uma assembleia geral extraordinária realizada na última quinta-feira, 11 de janeiro, 95% dos acionistas da ex-estatal votaram pela incorporação de Furnas, uma das subsidiárias da empresa.