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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou neste domingo à Finlândia, a primeira etapa de uma viagem aos países nórdicos e à Espanha dedicada à busca de investimentos para financiar novas infra-estruturas e de mercados para os biocombustíveis.

O avião de Lula pousou às 19H00 locais (13H00 de Brasília) no aeroporto internacional de Helsinque-Vantaa, informaram fontes aeroportuárias.

Segunda-feira, o presidente brasileiro se reunirá com sua colega finlandesa Tarja Halonen, que também é uma ex-sindicalista, e com o chefe de governo Matti Vanhanen.

Ele também irá ao Parlamento e ao cemitério militar de Hietaniemi na capital finlandesa, que abriga os túmulos do soldado desconhecido e do marechal Mannerheim, comandante do exército durante as guerras contra a União Soviética e chefe de Estado entre 1944 e 1946.

Lula jantará em seguida com a presidente finlandesa e seu marido no palácio presencial.

Ele viajará terça-feira para Estocolmo, antes de se deslocar no dia seguinte a Copenhague e de terminar sua viagem pelos países nórdicos sexta-feira em Oslo.

O objetivo desta visita é reforçar os vínculos comerciais, tentar ampliar os setores de investimentos destes países no Brasil e criar novos mercados para os biocombustíveis.

O presidente, que está acompanhado por vários empresários, busca investimentos, especialmente no setor das infra-estruturas e também tem o objetivo de ampliar o mercado para a exportação do etanol, um dos biocombustíveis mais eficientes e do qual o Brasil é um importante produtor. A Suécia, Finlândia e Noruega já compram o etanol brasileiro.

Desses três países, finlandeses e noruegues estariam disposto a ampliar suas importações de etanol.

Segundo o ministério das Relações Exteriores do Brasil, toda a frota da Suécia deverá ser movida por biocombustíveis até 2020, pelo que precisará de um volume crescente de biocombustíveis e que, por ora, não tem condições para produzir em grande escala.

A Espanha é, por sua parte, um dos principais investimentos no Brasil, especialmente desde que o país sul-americano iniciou o programa de privatizações de empresas estatais em 1998.

Nesse mesmo ano, as empresas espanholas foram as que mais investiram no Brasil, com 22% do total de investimentos externos. Em 2000 representou 29% dos investimentos diretos.

Na visita, Brasil e Espanha assinarão acordos de cooperação científica e tecnológica em áreas como agronegócios, medicina, fármacos e biocombustíveis.

A viagem servirá também para que o Brasil coloque sobre a mesa de negociações os subsídios europeus à agricultura. Este é um dos pontos-chave das estancadas negociações da Rodada de Doha para a liberalização do comércio mundial.

O Brasil é um dos líderes do G-20, um grupo de nações emergentes que reclamam a eliminação das barreiras com que os países desenvolvidos protegem sua produção agrícola.

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