Brasil assina acordo e pode fornecer gás ao Chile
O acordo assinado nesta quinta-feira (26) pelas estatais de petróleo do Brasil e do Chile, a Petrobras e a Enap, poderá aumentar a participação brasileira no mercado chileno, afirmou presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em discurso na capital chilena, Santiago. Ao lado da presidente Michele Bachelet, Lula enfatizou que "a Petrobras e a Enap vão juntar forças para buscar gás e dar mais segurança energética aos nossos países".
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acaba de deixar Santiago, no Chile, rumo à Argentina. Lula e a presidente do Chile, Michelle Bachelet, reuniram-se por mais de uma hora com empresários brasileiros e chilenos. Durante o encontro, o presidente conclamou os empresários a investirem no megaprojeto ferroviário para unir os oceanos Atlântico e Pacífico, que ligará os portos de Santos (SP) e de Antofagasta, na costa chilena.
A ferrovia permitiria a chegada mais rápida dos produtos brasileiros aos mercados da Ásia e beneficiaria ainda Argentina, Paraguai e Bolívia, países por onde passaria o corredor de ferrovias. A estimativa de um estudo técnico é de que serão necessários US$ 460 milhões para recuperar obras e construir ferrovias em um trecho de 4,3 mil quilômetros. Só no ano passado, o Brasil exportou 11 milhões de toneladas de grãos para a China.
Lula e Bachelet também ouviram reivindicações de empresários brasileiros para uma solução para o problema de importação da carne brasileira pela Chile. Há dois anos, o Chile não importa carne do Brasil. Os empresários brasileiros também pediram que o Chile autorize a mistura de etanol à gasolina, em 6%.
- Isso vai ajudar inclusive a reduzir a poluição de Santiago, afirmou o empresário Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp).
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