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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aprovou nesta terça-feira (25) a meta contínua de inflação de 3% para os próximos anos. O aval foi dado em uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e com o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo.
A decisão será formalizada em um decreto que será publicado no Diário Oficial da União (DOU) depois da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), marcada para esta quarta (26).
A mudança na meta tinha sido anunciada por Haddad em junho do ano passado, mas precisava ser oficializada. Atualmente, o modelo utilizado considera o ano-calendário, de janeiro a dezembro. O novo sistema passará a verificar o cumprimento da meta em 24 meses, com o horizonte definido pelo Banco Central, a partir de 2025.
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O CMN é presidido por Haddad e formado pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, e pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto. Galípolo é o principal cotado para substituir Campos Neto no comando da autoridade monetária. A ida do diretor do BC ao Planalto nesta tarde fortalece seu favoritismo ao cargo.
Também participaram da reunião o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, como substituta do ministro Rui Costa, que está de férias, informou a Folha de S. Paulo.
Em junho de 2023, Haddad afirmou ainda que a meta de 2026 será de 3%, mesmo patamar determinado para 2024 e 2025. A meta será considerada cumprida se estiver no intervalo de 1,5% para mais ou para menos.
O regime de metas de inflação existe desde 1999, com o CMN aprovando, a cada ano, metas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para os exercícios seguintes.