O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (10) na reunião de cúpula de L'Aquila, na Itália, que se tivesse que optar escolheria o G-20 (grupo formado pelas principais economias do mundo) e não o G-14 (grupo que surgiria da fusão dos países mais industrializados com os principais emergentes, mais a Rússia e o Egito) como principal organismo de governança global.
Para o presidente, o G-20 é mais representativo e deve ser mais "valorizado" até a sua próxima reunião de cúpula, que se dará em setembro em Pittsburgh, nos EUA. Essa reunião, de acordo com Lula, terá especial importância, porque será o momento de verificar se as medidas recomendadas nas duas cúpulas anteriores estão sendo implementadas.
Durante a reunião do G-8 (grupo dos sete países mais industrializados e a Rússia), que foi encerrada há pouco em L'Aquila, Lula insistiu no fato de que várias medidas continuam no papel. Entre elas, estão a retomada das negociações da Rodada Doha, da Organização Mundial do Comércio (OMC), e a liberação de financiamentos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), com os recursos adicionais que recebeu de seus membros.
Lula ressaltou que a criação do G-14 também seria importante, porque significaria um peso maior das economias emergentes nas discussões de temas relevantes. Mas insistiu: "O G-20 é uma boa pedida".
- G8 anuncia US$20 bilhões contra fome em países pobres
- G-8 e G-5 fecham acordo econômico e concordam em tentar reduzir o aquecimento global a 2 °C
- Lula defende fim da "ditadura" das agências de rating
- G8 e G5 concordam em relançar Rodada Doha
- G-8 dá prazo até setembro para Irã abrir diálogo
- Obama diz a Lula que há tempo de acertar diferenças sobre clima
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast