O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, uniram esforços nesta terça-feira para garantir que o governo não irá adotar medidas artificiais nem precipitadas com o objetivo de evitar uma valorização acentuada do real.

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Em discurso ao Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, Lula afirmou que é preciso ter paciência para esperar o dólar "se acomodar". Mas deixou claro que o Banco Central deverá continuar a atual política de leilões diários no câmbio, que elevaram as reservas internacionais do país a 150 bilhões de dólares.

Para o presidente, no atual patamar da moeda norte-americana, o BC pode "comprar, comprar, comprar".

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Mantega seguiu na mesma linha de raciocínio ao comentar, para os jornalistas, o discurso de Lula.

"O governo não vai cometer nenhum artificialismo, não vai lutar contra a corrente. As coisas estão indo muito bem na economia e nós temos que aceitar que há uma enxurrada de dólares", disse Mantega.

"Não nos precipitaremos. Isso (a valorização do câmbio) não nos causará um nervosismo que nos leve a adotar medidas que alguns sugerem por aí... medida de controle de capital ou coisa do gênero", acrescentou.