O presidente Luiz Inácio Lula da Silva considerou que duas operações feitas na Bolsa de Valores de São Paulo, a criação de uma parceria público privada para irrigar a região de Petrolina (PE), na quinta-feira, e a capitalização da Petrobras, nesta sexta-feira, são momentos que vão ficar na história do País.
"Hoje de manhã eu tive o prazer de ser o presidente do Brasil num momento inesquecível para os brasileiros (...); nós fomos na Bolsa (de Valores de São Paulo) capitalizar a Petrobras, que teve um dia de gala", narrou hoje à tarde aos cerca de 300 convidados para a inauguração da planta de eteno verde da petroquímica Braskem, em Triunfo (RS). "Primeiro pelo orgulho de que a gente não foi fazer na Bolsa de Nova York, como habitualmente seria recomendável, entre aspas, por alguns, mas fizemos na Bolsa de Valores de São Paulo, com a bandeira verde-amarela pendurada lá para anunciar a maior capitalização da história do capitalismo mundial de todos os tempos".
Logo depois, Lula destacou que a Petrobras logo será a segunda empresa mais valorizada do mundo na área do petróleo. "Na verdade o que fizemos foi capitalizar o povo brasileiro", comentou o presidente. "Porque o petróleo no pré-sal não é mais da Petrobras, não é mais de empresas, é do povo brasileiro", prosseguiu. "E a gente vendeu para eles uma quantia equivalente a cinco bilhões de barris; foi isso que nós capitalizamos".
Lula também considerou o momento como histórico porque entende que a Bolsa não tem mais medo dele. "Quando eu era sindicalista e a gente fazia passeata no centro de São Paulo eles fechavam a porta da Bolsa com medo de que o Lula iria fazer alguma coisa; mas eu não ia fazer nada, até porque não ia entrar na Bolsa, mas percebia que eles tinham medo de mim".
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