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Sucessão no Banco Central

Lula deve indicar novo presidente do BC nas próximas semanas, diz Haddad

Lula deve indicar novo presidente do BC nas próximas semanas, diz Haddad
Haddad afirmou que a indicação do novo presidente do Banco Central depende de uma conversa entre Lula e Pacheco. (Foto: Washington Costa/MF.)

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (13) que a indicação do novo presidente do Banco Central depende de uma conversa entre o presidente Lula (PT) e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Apesar disso, o chefe da equipe econômica acredita que o nome será divulgado “nas próximas semanas”. 

“Ele [Lula] ficou de discutir com o presidente Pacheco a questão da sabatina, em virtude do calendário eleitoral. Ele quer garantir que o seu nome indicado possa ser sabatinado nesses esforços concentrados que são feitos [antes das eleições municipais]”, disse Haddad a jornalistas ao deixar o ministério. 

“Eu acredito que vai ser nas próximas semanas”, acrescentou. O indicado ao cargo precisa ser sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Após ser aprovado pelo colegiado, a indicação deve ser aprovada no plenário da Casa. A votação é secreta.

Com a proximidade das eleições municipais, o Congresso tende a ficar esvaziado. A expectativa é que seja feito um esforço concentrado no Senado para a sabatina e a votação. 

O chefe do Executivo tornou público seu descontentamento com o atual presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, em uma série de críticas em entrevistas e eventos oficiais. Em junho deste ano, Lula chegou a dizer que Campos Neto é um “adversário político e ideológico”.

O principal cotado para a vaga é o atual diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, que atuou como “número 2” de Haddad na Fazenda. Para Lula, Galípolo é um “menino de ouro” e tem “todas as condições” de presidir a instituição.

Haddad diz que “nem sempre a melhor resposta é aumentar juros”

Entre as críticas de Lula a Campos Neto, a principal é a interrupção do ciclo de cortes na taxa básica de juros da economia, a Selic, que está em 10,50% ao ano. Mais cedo, o presidente do BC afirmou que, se for necessário, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentará a Selic para conter a inflação.

"Em relação à possibilidade de subir os juros, ontem teve duas falas de diretores apontados por esse governo [do presidente Lula] que vão fazer o que tiver que fazer para a inflação atingir a meta. E, se tiver de subir os juros, é isso que vai ser feito", disse Campos Neto durante uma audiência conjunta das comissões de Desenvolvimento Econômico, e de Finanças e Tributação, da Câmara.

Questionado sobre a declaração do presidente do BC, Haddad apontou que nem sempre a melhor resposta é aumentar os juros. “A decisão sobre juros impacta os preços em um tempo dilatado, não acontece imediatamente. Então, o Banco Central tem que pesar muitas variáveis”, disse o ministro.

“Nem sempre a melhor resposta é aumentar juros, as vezes é manter no mesmo patamar restritivo que ele está”, concluiu. Haddad destacou, entretanto, que “não é atribuição do Ministério da Fazenda” tratar da taxa de juros.

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