O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta (5), durante encontro com empresários em Londres, que o Brasil vai crescer 5% no ano que vem. Ao falar sobre os resultados de programas sociais e sobre a situação da economia brasileira, Lula destacou que está ocorrendo uma revolução silenciosa no país, que vive um momento excepcional.
Nosso sistema financeiro está muito saudável, o crédito já retornou aos níveis de antes da crise e os juros apresentam as taxas mais baixas das últimas décadas, afirmou o presidente, durante um seminário sobre identificação de oportunidades de investimento no Brasil, patrocinado pelos jornais Financial Times e Valor Econômico.
Sobre os juros, ele disse que gostaria que fossem um pouquinho mais baixos e prometeu brigar por isso. Ele aproveitou para pedir a redução da taxa básica de juros (Selic, atualmente em 8 75% ao ano), já que na plateia estava o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
Lula chamou os ingleses para redescobrirem o Brasil como um destino para investimentos e afirmou que esta é a hora do país. Nós, brasileiros, estamos assim, cansamos de ser o país do futuro, de tantas promessas no século 20, e agora não queremos perder nenhuma oportunidade no século 21. Estou convencido de que o século 21 é o século do Brasil.
Num discurso de 50 minutos, Lula falou também sobre os programas sociais do governo, apresentando dados de alguns, como o Bolsa Família, o Luz para Todos e o da concessão de microcrédito para os mais pobres. Segundo o presidente, desde o início, seu governo deixou claro que não toleraria a inflação, que afeta sobretudo os mais pobres. Citou ainda os investimentos para exploração do pré-sal e para obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O presidente lembrou sua origem de torneiro mecânico e disse que, ao elegê-lo, os brasileiros mostraram que queriam romper com um modelo em que os dirigentes governavam apenas para uma parcela da população, deixando de lado os mais carentes.
Além do presidente do Banco Central, participaram do seminário os ministros Guido Mantega, da Fazenda, e Dilma Rousseff, da Casa Civil da Presidência da República.
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