Declaração foi feita durante participação no ato organizado pelas centrais sindicais pelo Dia do Trabalhador, em São Paulo| Foto: Reprodução/TV Brasil
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (1º) que estuda isentar de Imposto de Renda (IR) os valores distribuídos a funcionários como participação nos lucros e resultados (PLR) de empresas. A declaração foi feita durante ato organizado pelas centrais sindicais pelo Dia do Trabalhador, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo.

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Segundo Lula, a medida foi um pedido dos sindicalistas. “Se o patrão não paga imposto de renda sobre o lucro, se o patrão não paga imposto de renda sobre os dividendos que ele recebe, por que os trabalhadores tem que pagar imposto no PLR?”, questionou. Ainda de acordo com o presidente, a isenção é analisada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e pode ser adotada “quem sabe, para o próximo ano”.

No ano passado, um projeto de lei que isenta os funcionários de pagarem IR sobre a PLR passou na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, mas desde então não avançou.

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No discurso desta segunda, o chefe do Executivo agradeceu os presentes por seu terceiro mandato, no qual disse que vai “consertar este país”, e voltou a criticar a taxa básica de juros, definida pelo Banco Central.

“A gente não pode mais viver em um país onde a taxa de juros não controla a inflação; ela controla, na verdade, o desemprego neste país, porque ela é responsável por uma parte da situação que nós vivemos hoje”, afirmou.

Lula prometeu ainda regulamentar direitos trabalhistas como seguridade social para trabalhadores de aplicativos e investir R$ 23 bilhões para construção de rodovias. “Em um ano nós vamos fazer mais do que eles fizeram em quatro anos do ponto de vista de infraestrutura.”

À população de São Paulo, o petista afirmou ainda que vai concluir a construção das obras da Universidade Federal do ABC (UFABC) em São Bernardo do Campo, inaugurar o campus de Osasco da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e construir uma universidade federal na Zona Leste da capital paulista.

“Quando o Haddad era prefeito, ele doou o terreno, mas até hoje não colocaram uma pedra. Pois eu vou, com o Camilo [Santana], nosso ministro da Educação, ir lá na Zona Leste dizer: ‘eu vou começar e vou terminar essa universidade no meu mandato, e quando eu sair, em 2026, vocês vão ter uma universidade na Zona Leste.’”

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No encerramento de sua fala, ele ainda afirmou que “todas as pessoas que tentaram dar golpe serão presas”, referindo-se ao episódio do dia 8 de janeiro, quando manifestantes invadiram os prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, em Brasília.

O presidente estava acompanhado da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e de diversos ministros, como o do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho; das Mulheres, Cida Gonçalves; do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira; da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta; e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

O ato deste 1º de maio é organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e Intersindical Central da Classe Trabalhadora.

A presença de Lula no evento foi confirmada apenas nesta manhã. No domingo, em pronunciamento nacional referente ao Dia do Trabalhador, Lula anunciou o reajuste do salário mínimo para R$ 1.320 e o aumento do teto de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para R$ 2.640. Disse ainda que enviará para o Congresso, nos próximos dias, um projeto de lei para tornar permanente a regra que prevê reajuste real do salário mínimo.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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