No encontro de cúpula entre Brasil, Índia e África do Sul (Ibas), no Itamaraty, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou a reunião com os empresários dos três países afirmando que a parceria tem que se traduzir em crescimento econômico para as três nações.

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Para o presidente brasileiro, "o fato de os líderes estarem presentes em Brasília junto com empresários é uma afirmação pública de que se acredita na relação Sul-Sul".

Já o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, reforçou a meta fixada em 2004 de que o fluxo de comércio entre os três países alcance US$ 10 bilhões. A previsão é que isso seja alcançado em 2007.

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- O importante é que essa troca de experiência se transforme em crescimento da riqueza em nossos países - disse Lula, afirmando que, na parte brasileira, seu governo está recuperando a indústria naval.

Lula disse ainda que o encontro desta quarta-feira mostra que a parceria entre os três países "veio para ficar".

O sul-africano Mbeki uniu-se ao apelo e pediu aos setores privados que "combinem forças" com os Governos para "atender a desafios comuns inspirados na visão única de mudar a vida dos povos".

Segundo Mbeki, "o que está sendo feito aqui terá um impacto que irá muito além destes três países e será um espelho para todas as nações do sul".

De acordo com Singh, um dos grandes assuntos que necessitam de debate no Ibas deve ser a busca da segurança energética. O líder destacou que o Brasil é o líder mundial em produção de álcool e que a África do Sul exerce tal papel na mineração e no setor do gás.

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Ressaltou o "grande potencial da Índia para o desenvolvimento de energia solar".

Assim como Lula e Mbeki, Singh avaliou que "os principais setores" no novo modelo de cooperação e comércio pretendido pelos países do Ibas serão os comerciantes e os empresários, com apoio dos Governos.