Madri O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, na Espanha, que, quando se encontrar com o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, vai cobrar pessoalmente a resolução da crise financeira iniciada há cerca de um mês. Em conferência de imprensa, ao lado do chefe de governo espanhol, José Luis Zapatero, Lula afirmou que não teme a crise.
"Eu vou me encontrar com meu amigo Bush agora no dia 24 e vou dizer Bush, resolva o problema da crise porque não deixaremos ela atravessar o Atlântico e chegar ao território brasileiro", afirmou. "Eu não costumo trabalhar com medo premeditado. Ninguém me assusta na Terra. E, portanto, eu não tenho nenhum medo e tenho muita certeza que essa crise não irá afetar o Brasil", assegurou.
A avaliação positiva foi compartilhada por Zapatero, em um tom mais ameno, mas também culpando os Estados Unidos pela crise. "Espanha e Brasil estão com uma força econômica evidente e com uma solidez das suas instituições financeiras muito forte. A Espanha está preparada para o que podem ser ajustes do mercado financeiro como conseqüência de uma gestão inadequada do mercado imobiliário de um país que é a primeira potência econômica do mundo."
A Espanha é o segundo maior investidor estrangeiro no Brasil, com mais de US$ 35 bilhões aplicados no país. Mas, ao contrário do Brasil, a Espanha tem tido, sim, problemas com o mercado imobiliário, a ponto de o governo prometer um fundo para ajudar famílias a pagar suas prestações da casa própria, no temor de que uma crise no setor se alastre.
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