O Brasil quer a Bolívia como membro pleno do Mercosul, e não como país associado. Foi o que disse esta manhã o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, depois de se reunir com o presidente da Bolívia, Evo Morales. Lula deixou claro a Evo que não pretende interferir na negociação do preço do gás, que está sendo conduzida pela Petrobras, mas o convidou para uma visita oficial a Brasília, no próxmo dia 20 de setembro, para participar da assinatura de um protocolo de cooperação e desenvolvimento, que incluirá a construção de um pólo petroquímico na Bolívia.
- Temos muito o que discutir, desde o pólo petroquímico à febre aftosa - disse Lula.
- Também queremos a Bolívia no Mercosul como sócio pleno - acrescentou.
Lula se queixou da repercussão dada aos conflitos internos do bloco. Segundo ele, muitas vezes problemas com o Uruguai ou a Argentina são tratados como se fossem insolúveis.
- É como se fosse uma guerra, como se fosse acabar o Mercosul.
O presidente disse que a entrada da Venezuela no bloco não vai impedir que o Brasil e o Mercosul como um todo façam acordos com outros mercados, inclusive com os americanos.
- A China, por exemplo, que é um país comunista, tem excelentes relações com os Estados Unidos - afirmou.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast