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Em sua primeira live para comentar ações do governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse na terça-feira (13) que "um grande programa de obras" de infraestrutura será lançado "a partir de 2 de julho". Se confirmada a previsão, o "novo PAC" vai estrear com quase três meses de atraso em relação à previsão original do governo.
Inicialmente a ideia era lançar a nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento no início de abril, por ocasião do balanço dos primeiros 100 dias de governo. O pacote, porém, não ficou pronto a tempo. Em maio, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse à Gazeta do Povo que o governo lançaria o programa até o fim daquele mês, o que também não ocorreu.
Na entrevista de terça-feira, Lula disse ter encontrado o país "destruído" e que "fazer a reforma e reconstruir é muito mais difícil do que fazer uma coisa nova".
"Como nós tínhamos uma quantidade enorme de políticas públicas que tinham dado certo, a gente então resolveu recriar essas políticas públicas para a partir de agora, a partir do dia 2 de julho, lançar um grande programa de obras, um grande programa para o desenvolvimento nacional com obras de infraestrutura em todas as áreas", disse o presidente.
Apesar do discurso de Lula, as versões anteriores do PAC deixaram para trás um longo rastro de projetos interrompidos, com falhas de gestão, custos elevados e prazos de entrega não cumpridos.
Segundo auditoria de 2019 do Tribunal de Contas da União (TCU), 2.914 obras do PAC estavam paradas, o equivalente a 21% dos contratos desde 2007. De R$ 663 bilhões em investimentos previstos pelo PAC, R$ 127 bilhões estavam atrelados a obras interrompidas.
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Na mesma live, Lula também falou em estender o programa Minha Casa, Minha Vida à classe média, alcançando quem tem renda de até R$ 12 mil.
"Nós precisamos fazer não apenas o Minha Casa, Minha Vida para as pessoas mais pobres, precisamos fazer para a classe média, o cara que ganha R$ 10 mil, R$ 12 mil, R$ 8 mil, esse cara também quer ter uma casa, esse cara quer ter uma casa melhor. Então nós vamos ter que ter capacidade de fazer uma quantidade enorme de casas para essa gente", disse.