O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou nesta sexta-feira (29) três novos diretores para o Banco Central. Os nomes ainda precisam passar pelo crivo do Senado. Caso sejam aprovados, a diretoria do BC terá sete integrantes escolhidos pelo petista.
Em nota, o BC informou que Lula encaminhará os nomes ao Senado na próxima semana. O atual diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, assumirá a presidência do BC no ano que vem. O escolhido para substituir Galípolo é Nilton David, que atualmente trabalha no Bradesco.
Para a Diretoria de Relacionamento Institucional, Cidadania e Supervisão de Conduta, a indicada é a atual secretária de Integridade Pública da Controladoria-Geral da União (CGU), Izabela Correa. Ela substituirá a diretora Carolina de Assis Barros, cujo mandato acaba no fim do ano, informou a Agência Brasil.
O indicado para a Diretoria de Regulação foi Gilneu Vivan, servidor de carreira da instituição e atual chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro (Denor). Ele substituirá o diretor Otávio Damaso, cujo mandato também se encerra no fim de 2024.
Antes de assumirem os cargos, os três devem ser sabatinados pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e aprovados pelo plenário do Senado. A atual cúpula do BC é formada por quatro diretores indicados por Lula.
São eles: Gabriel Galípolo (Política Monetária e futuro presidente do BC), Ailton de Aquino Santos (Fiscalização), Paulo Picchetti (Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos) e Rodrigo Alves Teixeira (Administração).
Perfis dos indicados ao Banco Central
Nilton David
Chefe de Operações de Tesouraria do Bradesco, David informou ao Banco Central que tem grande experiência no mercado financeiro, tendo trabalhado em diversas instituições no Brasil e no exterior. O diretor indicado é graduado em Engenharia de Produção pela Escola de Engenharia Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).
Izabela Correa
Servidora do BC desde 2006, Correa foi pesquisadora de pós-doutorado na Escola de Governo da Universidade de Oxford e tem doutorado em Governo pela London School of Economics and Political Science, concluído em 2017. Graduada em Administração Pública pela Escola de Governo da Fundação João Pinheiro, é mestre em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Gilneu Vivan
Servidor de carreira do Banco Central desde 1994, Vivan comanda o Departamento de Regulação do Sistema Financeiro (Denor). Até o início de 2024, atuou como chefe do Departamento de Monitoramento do Sistema Financeiro Nacional. Também representou o Brasil em grupos internacionais, como o Grupo Analítico de Vulnerabilidades, do Conselho de Estabilidade Financeira, órgão do G20 responsável por avaliar as ameaças ao sistema financeiro mundial.
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