O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste domingo que vai levar ao Congresso Nacional a discussão de medidas para enfrentar eventuais impactos da crise financeira dos Estados Unidos.
"Queremos que eles (congressistas) tomem conhecimento de algumas medidas que nós vamos tomar em função da crise americana", afirmou o presidente, pouco antes de votar, acompanhado de Luiz Marinho, candidato do PT à prefeitura de São Bernardo.
Antes, o presidente disse que a prioridade é votar assuntos que já estão no Parlamento, como os relacionadas a mudanças na política tributária, "que queremos votar até o final do ano," e a política do salário mínimo.
Segundo Lula, a crise internacional chegou ao país como "uma onda que não causa nenhum dano, porque se trata de uma crise de crédito e isso a gente pode resolver com o dinheiro que temos".
"Queremos que esse tema da crise seja levado ao Congresso Nacional para as pessoas perceberem que, embora o Brasil não corra nenhum risco, nós não podemos vacilar, porque a crise americana já consumiu 850 bilhões de dólares do povo americano para tapar os buracos dos banqueiros que faziam agiotagem com dinheiro público", afirmou.
Embora tenha evitado dizer quais seriam as medidas que serão enviadas ao Congresso, Lula reiterou que não haverá nenhum corte nos investimentos relacionados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), incluindo obras de infra-estrutura, da Petrobras, refinarias, habitação, urbanização de favelas e saneamento básico.
"Nós nos precavemos, nós fizemos a lição de casa quando era preciso fazer e agora temos reservas para enfrentar essas e outras", frisou.
Lula procurou mostrar-se confiante em relação ao desempenho da petista Marta Suplicy na corrida pela prefeitura de São Paulo.
"A Marta vai ter a quantidade de votos necessários para ganhar o segundo turno. Obviamente, sair em primeiro lugar num primeiro turno com três candidatos (fortes) é uma coisa extraordinária. Vamos ganhar o segundo turno", disse.