Expectativa é de que anúncio do pacote de corte de gastos ocorra ainda nesta semana, atingindo todos os ministérios.| Foto: Ricardo Stuckert/Secom
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou para esta terça (5) mais alguns ministros para discutir como será o pacote de corte de gastos que será apresentado ainda nesta semana pelo governo. Será a continuação das negociações fora da agenda oficial que tiveram, na segunda (4), encontros com Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), Nísia Trindade (Saúde) e Camilo Santana (Educação).

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Os três foram chamados por Lula após uma reunião com Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviço Público), além de secretários da equipe econômica.

“O Ministério da Fazenda informa que na reunião desta segunda-feira (4), o quadro fiscal do país foi apresentado e compreendido, assim como as propostas em discussão. Nesta terça (5), outros ministérios serão chamados pela Casa Civil para que também possam opinar e contribuir no âmbito das mesmas informações”, disse a Fazenda em nota à noite.

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Para esta terça (5), a agenda oficial de Lula apresenta pelo menos cinco reuniões com ministros e secretários para avançar no pacote de cortes, entre eles com o titular da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius de Carvalho, responsável por acompanhar a gestão dos recursos públicos.

Também estão previstas mais reuniões com os órgãos diretamente envolvidos na elaboração do pacote de corte de gastos, como Rui Costa e Miriam Belchior, da Casa Civil; Alexandre Padilha, das Relações Institucionais e articulador oficial do governo com o Congresso, e novamente com Esther Dweck.

A expectativa é de que o anúncio ocorra ainda nesta semana, segundo adiantou Haddad na segunda (4). “Eu penso que nós estamos na reta final”, disse a jornalistas.

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Há a preocupação, no entanto, em como alguns ministros vão receber o corte nas suas pastas. Na semana passada, Marinho ameaçou pedir demissão se o governo mexesse em recursos do Trabalho e Emprego, como o seguro-desemprego, o abono salarial e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

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Mais recentemente, o ministro José Múcio Monteiro, da Defesa, pediu a Lula mais recursos para as Forças Armadas, e o general Tomás Ribeiro Paiva, comandante-geral do Exército, explicitou em um discurso a “imperiosa necessidade” de mais equipamentos, como helicópteros, blindados e mísseis.

Haddad chegou a cancelar uma viagem que faria à Europa nesta semana para acelerar a elaboração do pacote a pedido de Lula após o dólar disparar na última sexta (31), quando alcançou R$ 5,87 devido às incertezas do mercado com os rumos da economia brasileira.

Após sinalizar o anúncio do pacote para ainda nesta semana, a moeda reduziu para R$ 5,78.

O governo está pressionado também nesta semana pela próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, marcada para terça (5) e quarta (6), que deve elevar a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual – atualmente está em 10,75%.

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