Lula afirmou que não tem que prestar contas a nenhum “ricaço” ou “banqueiro”, mas sim ao “povo”.| Foto: André Borges/EFE.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (1) que não tem que prestar contas a nenhum “ricaço” ou “banqueiro”, mas sim ao “povo pobre e trabalhador” do país. A declaração ocorre em meio a críticas do petista ao Banco Central e ao mercado financeiro. 

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“Quando eu viajo para encontrar com vocês, quando eu vejo a cara de vocês, a alegria de vocês, a raiva de vocês, às vezes, eu falo: ‘Graças a Deus, enxerguei o meu povo, compreendo ele e é para ele que eu tenho que fazer as coisas nesse país’”, disse Lula ao discursar em Salvador (BA).

“Eu não tenho que prestar contas a nenhum ricaço desse país. Eu não tenho que prestar contas a nenhum banqueiro desse país. Eu tenho que prestar contas ao povo pobre e trabalhador desse país”, acrescentou.

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Declarações de Lula contribuem para alta do dólar

Há cerca de duas semanas, o presidente intensificou as críticas ao presidente do BC, Roberto Campos Neto, e a autonomia da autoridade monetária. Lula também questionou a necessidade de corte de gastos no último dia 26.

As declarações desagradaram os investidores e, junto com as incertezas sobre os juros no exterior, contribuíram para a alta do dólar.

Nesta segunda (1ª), a moeda norte-americana subiu 1,15% e fechou em R$ 5,65, maior valor em dois anos e meio. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atribuiu a alta do dólar a “muitos ruídos”. Haddad afirmou que o governo precisa “comunicar melhor” os resultados econômicos.

Lula esteve em Salvador para anunciar um pacote de investimentos de R$ 3,9 bilhões no Novo PAC. Durante o evento, o presidente afirmou que que visitará outros estados neste ano para divulgar as ações do governo.

“Tenho dito para os meus ministros que nós estamos na época da colheita. Já fizemos o plantio, agora nós vamos viajar o Brasil colhendo as coisas que nós fizemos nesse país na área da educação, da saúde, do emprego, do programa de transição energética, da habitação, da igualdade racial e da cultura”, disse.

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