O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta sexta-feira, em Córdoba, na Argentina, a necessidade "urgente" dos congressos dos países que integram o Mercosul (Argentina, Uruguai, Paraguai, Brasil e Venezuela), aprovarem o Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem), para garantir um desenvolvimento "equilibrado" na região.
O fundo é um dos pontos previstos no Parlamento do Mercosul, cuja criação foi acertada entre os presidentes do bloco em dezembro de 2005, durante encontro em Montevidéu (Uruguai). Um protocolo sobre o assunto foi encaminhado para análise pelas respectivas chancelarias aos parlamentos dos países, e o Congresso paraguaio já aprovou o documento.
Lula lembrou que o Brasil ainda não aprovou o fundo e aproveitou para ressaltar aos participantes da 30ª reunião dos Presidentes do Mercosul a necessidade de os congressos garantirem, o quanto antes, a entrada e o funcionamento do Focem.
- Muitas vezes, essa decisão esbarra em uma distância entre a vontade do Executivo que participa do Mercosul com cada um dos parlamentos de nossos países".
O apoio de projetos industriais, tecnológicos e de infra-estrutura para superar "gargalos produtivos", segundo Lula, será um dos objetivos de seu trabalho à frente da presidência do Mercosul para que os países do bloco se beneficiem do crescimento econômico.
- Para tanto, reforçaremos a cooperação regional no campo cientifico e tecnológico, o que já se reflete no intercâmbio crescente de estudantes entre nossos países - destacou.
Lula citou como exemplo dessa cooperação regional os avanços na coordenação de políticas energéticas do Mercosul, que, de acordo com ele, abrem perspectivas promissoras.
- O projeto do anel energético emblemático de nossa vontade política e a nossa cooperação nos biocombustíveis oferece um horizonte inédito, que alavanca as vantagens competitivas de nossa região".