Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Insatisfação

Lula prometeu interromper tramitação da “MP do Fim do Mundo”, diz presidente da CNI

Lula prometeu interromper tramitação da “MP do Fim do Mundo”, diz presidente da CNI
O presidente da CNI, Ricardo Alban, disse que Lula deve interromper tramitação da MP que limita uso de crédito de PIS/Cofins para empresas. (Foto: André Borges/EFE.)

Ouça este conteúdo

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, afirmou nesta terça-feira (11) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se comprometeu a interromper a tramitação da medida provisória que limita a dedução de créditos de PIS/Cofins para empresas, chamada de “MP do Fim do Mundo”.

Alban se reuniu com Lula nesta manhã no Palácio do Planalto em meio a insatisfação de empresários com o aumento da carga tributária.

“As palavras do presidente da República foram de que estaria sendo retirada ou devolvida, dentro de uma negociação, obviamente vai envolver o Executivo e o Parlamento, retirada a Medida Provisória 1.227/24, e que o assunto seria abordado dentro da relatoria, que está com o senador Jaques Wagner (PT), para compensação da desoneração”, disse Alban em entrevista à CNN Brasil após o encontro com o petista.

O governo editou a medida para compensar o impacto da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia e de municípios com até 156 mil habitantes. Segundo o presidente da CNI, Lula garantiu que não haverá mais a discussão com relação à tributação de PIS/Cofins. 

“Felizmente há males que vêm para bem. Então a MP trouxe a oportunidade de chegar para o governo e dizer que não há espaço, definitivamente, para o aumento de carga tributária”, afirmou Alban à CNN Brasil.

A desoneração custará R$ 26,3 bilhões aos cofres públicos neste ano, já a limitação do Pis/Cofins poderá gerar até R$ 29,2 bilhões para os cofres do governo. Nesta segunda (10), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se reuniu com Lula e demonstrou insatisfação pelo fato de a compensação ter sido tratada via MP.

A discussão também chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF). O Progressistas (PP) acionou a Corte para tentar suspender os efeitos da MP. Para o PP, a medida do governo é inconstitucional.

A MP entra em vigor no momento em que é editada pelo governo. A validade da medida é de 60 dias, prorrogáveis automaticamente pelo mesmo período. Com isso, o Congresso tem até 120 dias para analisar o texto. Caso a MP não passe pelo crivo dos parlamentares dentro do prazo, ela perde a validade.

VEJA TAMBÉM:

Use este espaço apenas para a comunicação de erros