O presidente Luiz Inácio Lula da Silva considera prioritário que o Banco do Brasil volte a ser a maior instituição do mercado nacional. Em conversas com diretores do BB, ele definiu que o processo de retomada do primeiro lugar, posto perdido no início do mês com a fusão do Itaú e do Unibanco, ocorra com "responsabilidade" e com a compra de bancos menores por preços justos e de mercado.
A compra do Banco do Piauí e as negociações para a aquisição da Nossa Caixa, do Banco de Brasília (BRB) e do Banco Votorantim estão sendo acompanhadas de perto por Lula, que recebe informações de diretores do BB e do ministro da Fazenda, Guido Mantega. "O banco está brigando para retomar o primeiro lugar", disse um ministro da comitiva presidencial em Roma. "O banco sempre foi o primeiro, está perto de ser novamente o primeiro e está disposto a ser o primeiro.
Esse ministro, porém, ponderou, que Lula tem deixado claro nas conversas com os diretores do BB e com a equipe econômica que a instituição não deve fazer "qualquer coisa", para voltar a ocupar uma posição que politicamente interessa ao governo. Na avaliação do governo, o banco, que estava com a "língua de fora" no passado, se organizou e cresceu organicamente na gestão Lula. "O presidente acha positivo que o Banco do Brasil continue crescendo e se fortalecendo no mercado", contou o ministro. Mais que uma questão econômica ou de marketing, a retomada da primeira posição pelo BB é vista como um interesse de governo, que se esforça em discursos de incentivo à manutenção dos investimentos.