O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou hoje que tem dúvidas sobre a viabilidade do carro elétrico como alternativa aos motores de combustíveis fósseis. Na abertura do Challenge Bibendum, evento mundial organizado pela Michelin que reúne a indústria automotiva em torno da discussão de alternativas sustentáveis para a mobilidade rodoviária, Lula exaltou o sucesso de vendas dos carros bicombustíveis brasileiros, os chamados flex, que podem usar etanol e gasolina.
"É carro elétrico para cá, carro elétrico para lá, mas não se sabe ainda se alguém vai produzir em grande escala", disse Lula, que chegou foi transportado do heliponto do Riocentro ao pavilhão do evento num ônibus movido a hidrogênio desenvolvido pelo programa de pós-graduação em engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ).
Na semana passada, o presidente Lula suspendeu a divulgação de um pacote de incentivos aos carros elétricos pouco antes da cerimônia devido às divisões no governo sobre o tema. Os ministérios da Fazenda, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia defendem as medidas, mas o Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio teme que os incentivos possam prejudicar a competitividade do etanol e do biodiesel brasileiros. "Hoje, quase 100% dos carros vendidos no Brasil são flex. E 60% dos donos desses carros têm uma preferência pelo etanol, que definitivamente virou uma parte importante da matriz energética brasileira", discursou Lula.
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