Procurando afastar análises negativistas sobre os rumos da política econômica após a queda do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tranqüilizou o empresariado com discurso em que afastou "mágica" na economia brasileira e a volta da inflação, assim como assegurou a manutenção da credibilidade conquistada pelo país no mercado internacional. Em evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Lula disse que o país vive momento "auspicioso", mas admite como óbvio as "muitas deficiências" enfrentadas no Brasil.
- O Brasil vive hoje um momento auspicioso em sua vida. Obviamente, temos muitas deficiências ainda, mas podem procurar qualquer analista econômico e vamos poder afirmar que em poucos momentos da história do Brasil tivemos uma posição tão sólida como temos hoje. Primeiro, porque não estamos dispostos a fazer mágica na economia. Não existe mágica, existe tomada de posição e seriedade - disse o presidente, num discurso improvisado.
À vontade diante de uma platéia formada por empresários brasileiros e italianos, Lula ainda acrescentou:
- Não vamos permitir que a inflação volte para resolver o problema de caixa de alguns e do próprio estado brasileiro. Acreditamos piamente que a credibilidade conquistada pelo Brasil ao longo dos últimos anos e a solidez de nossa política de comércio exterior e da nossa macroeconomia permite dizer que se em momentos em que não tínhamos essas condições favoráveis vocês, empresários italianos, acreditaram no Brasil. Agora, vão precisar portar definitivamente no país.
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