O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca neste segunda-feira (21), para os Estados Unidos onde irá participar da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, e da reunião do G-20 Financeiro, na cidade de Pittsburgh.
Na ONU, Lula focará seu discurso na crise financeira e o combate s mudanças climáticas. Mesmo depois de um ano de crise, o presidente defenderá que os países continuem alerta ao desenrolar do comportamento das economias e que não é hora de suspender as medidas anticíclicas.
O presidente julga que a maioria dos problemas de fundo não foi ainda enfrentada, e há significativas resistências em adotar mecanismos de regulação dos mercados financeiros. Nesse particular, apontará a importância de que os países ricos aceitem a realização de reformas nos organismos multilaterais, como o FMI [Fundo Monetário Internacional] e o Banco Mundial, e defenderá a retomada da Rodada Doha de negociações comerciais como parte da estratégia de retomada do crescimento, afirmou o porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach, na última quinta-feira (17).
Em relação às mudanças climáticas, Lula voltará a cobrar dos países ricos empenho na adoção de medidas contra as alterações do clima, além de defender a transferência de tecnologia para as nações mais pobres na preservação do meio ambiente.
O combate mudança do clima exige esforço global de redução de emissões, que respeite as responsabilidades e condições distintas de países desenvolvidos e países em desenvolvimento, afirmou Baumbach.
A partir de quinta-feira (24), o encontro dos chefes de Estado e governo do G-20 Financeiro, em Pittsburgh, será pautado por assuntos como regulação do mercado mundial, reforma dos organismos financeiros internacionais e o futuro modelo de crescimento.
Lula deve ressaltar a importância do G-20 para acalmar os mercados durante a crise financeira. O presidente reafirmará que o FMI e o Banco Mundial devem monitorar os países pobres, mas também as grandes potências econômicas, na linha de que é essencial renovar o ímpeto de reforma do sistema financeiro e rejeitar a leniência com o capitalismo financeiro desregulado.
Estão agendados também encontros de Lula com líderes de várias nações. O presidente fica nos Estados Unidos até o dia 25 deste mês. Depois, segue para a Venezuela.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast