Brasília O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou ontem a apresentação dos dois novos carros da Fiat: o tetrafuel, que coloca quatro possibilidades de combustível à disposição do consumidor, e o protótipo do carro elétrico, que está sendo feito em parceria com a Itaipu. Lula elogiou a criatividade da Fiat, e disse que isso prova que a crise que afeta a Volkswagen não é do setor automobilístico, mas específico de uma empresa.
"Eu vejo o noticiário e lamento profundamente que uma empresa como a Volkswagen esteja dispensando trabalhadores", disse o presidente, que voltou a repetir que a montadora está demitindo porque teve um projeto que não deu certo. Ao mesmo tempo, Lula comemorou a boa fase da Fiat. "Além de anunciar dois carros que ela está estudando profundamente um que já vai entrar no mercado e outro que está em pesquisa me dá a alegria de dizer que está contratando funcionários."
Lula disse que a indústria automobilística está indo bem e que o governo vai conversar com a Volkswagen para ver como ela pode se recuperar. "Nós vamos ver ainda se conversamos com a Volkswagen e fazemos com que ela tenha um produto que possa conquistar o mercado brasileiro e contratar mais trabalhadores do que ela demitiu."
O presidente destacou que nos últimos três anos foram contratados quase 30 mil trabalhadores a mais pela indústria automobilística. "No mundo do trabalho é assim, quando a empresa está produzindo mais, ela contrata mais, quando está produzindo menos, ela descontrata as pessoas."
A crise enfrentada pela Volkswagen, que ameaça fechar a fábrica de São Bernardo do Campo (ABC), parece não se reproduzir em outras montadoras. Para o presidente da Fiat no Brasil, Cledorvino Belini, o mercado automobilístico está indo bem. "O mercado automobilístico brasileiro está crescendo em torno de 10% e a Fiat mantém a liderança com 25% de participação", disse, após mostrar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o protótipo de um carro elétrico (Palio Elétrico) e o lançamento do Siena Tetrafuel.
Ele anunciou que a montadora italiana irá contratar 300 funcionários, além dos cerca de 400 que já foram contratados ao longo do ano. O aproveitamento dos trabalhadores que estão sendo demitidos pela Volkswagen não deve fazer parte dos planos da Fiat.
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