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Em 2024

Lupi avalia revogar reforma da Previdência, aprovada na gestão Bolsonaro

Carlos Lupi
Ministro da Previdência afirma que Conselho vai avaliar itens da reforma aprovada no governo de Jair Bolsonaro. (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

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O ministro Carlos Lupi, da Previdência, afirmou nesta terça (24) que avalia iniciar no próximo ano discussões para revogar partes da reforma da Previdência aprovada em 2019 durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). O anúncio foi feito durante uma sessão da Comissão de Assuntos Sociais, do Senado.

Lupi disse que o Conselho Nacional da Previdência será encarregado de avaliar as mudanças realizadas pela reforma em vigor, a fim de apresentar um projeto alternativo. No começo do ano, o ministro já havia anunciado a possibilidade de revogar algumas mudanças, mas levou um puxão de orelha do ministro Rui Costa, da Casa Civil.

“[O Conselho] vai começar a examinar esse assunto com cuidado, porque isso mexe com as finanças e gera uma polêmica danada", afirmou o ministro.

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Carlos Lupi também fez uma crítica à regra previdenciária que transfere apenas 60% da aposentadoria do cônjuge em caso de morte, chamando-a de “um absurdo”. Ele pediu que os parlamentares refletissem sobre o assunto e enfatizou que sua posição pessoal não determinará a decisão do Conselho.

No entanto, Lupi observou que a análise da revogação da reforma só ocorrerá a partir de 2024, e qualquer ação dependerá de um estudo que ainda não tem previsão de conclusão.

"Estou apresentando apenas um aspecto que eu defendo. É meu direito como cidadão assumir uma posição. Não estou dizendo que é certo ou errado, mas isso vai ser examinado pelo Conselho", afirmou.

A Reforma Previdenciária, implementada em 2019, introduziu várias mudanças significativas, incluindo o fim da aposentadoria por tempo de contribuição, a imposição de idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres se aposentarem, bem como a redução do valor das pensões por morte.

Estabeleceu também tempos mínimos de contribuição de 15 anos para mulheres e 20 para homens no setor privado, e 20 anos para ambos os gêneros no caso de servidores. Durante a campanha eleitoral de 2022, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mencionou a possibilidade de uma "revisão" na legislação previdenciária, indicando um possível reexame das disposições da reforma.

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