Dois anos depois de sair do governo, o ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, deixou o Conselho de Administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Lupi chegou ao conselho em 2007, quando foi nomeado ministro pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Em dezembro de 2011, foi demitido na "faxina" promovida pela presidente Dilma Rousseff, mas continuou conselheiro do banco estatal. Lupi foi exonerado em meio a acusações de irregularidades que envolviam organizações não governamentais e o ministério. O dirigente pedetista sempre negou envolvimento em qualquer ilegalidade.

Nesta segunda-feira, 10, o ex-ministro disse que deixou o conselho do BNDES porque vai disputar um cargo eletivo em outubro. "Não dá para conciliar o conselho com a eleição, então já deixei formalizada e a presidente Dilma Rousseff vai assinar minha saída. Preciso estar apto para a candidatura", disse Lupi à reportagem.

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O ex-ministro ainda não sabe que cargo disputará e ainda negocia o apoio do PDT na eleição para governador do Rio. Tem conversado com os prováveis candidatos do PMDB, Luiz Fernando Pezão, e do PT, Lindbergh Farias.

Lupi disse que, nos últimos dois anos, não foi pressionado a deixar o conselho do BNDES, já que não estava mais no governo. "Nunca houve nenhum pedido para que eu saísse, ao contrário, continuei minha atuação no conselho normalmente", afirmou. O presidente do PDT trava uma briga interna com o grupo de outro ex-ministro do Trabalho, Brizola Neto. Aliado de Lupi, o atual ministro, Manoel Dias, não pretende indicar o substituto de Lupi e deixará a escolha para a presidente Dilma. Os conselheiros do BNDES têm remuneração de R$ 6,5 mil mensais.