O futuro ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), afirmou que poderá estudar a revisão de alguns pontos da reforma da Previdência, que foi aprovada em 2019. Ele destacou que ainda não avaliou o tema com profundidade, mas considera um “absurdo” a regra atual da idade mínima de aposentadoria para as mulheres. A reforma estabeleceu que a idade mínima para as mulheres é de 62 anos.
Lupi mencionou ainda a possibilidade de estabelecer critérios diferentes para se aposentar de acordo com a região do país. Ele deixou claro, porém, que ainda não estudou a questão e também que não conversou com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, sobre o tema. As afirmações foram feitas em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.
“Tem que ter 60 anos de idade [para poder se aposentar], por que 60 anos de idade? Eu acho que tem que pensar em regionalizar. A realidade do Nordeste é uma, a realidade do Sudeste é outra", afirmou ao jornal.
Ao tratar das mulheres, ele citou ainda que muitas vezes elas têm jornada dupla - emprego e serviços domésticos -, mas que isso não é considerado pela Previdência. Apesar das declarações, o futuro ministro não sinalizou que algo seria mudado ou o que poderia ser estudado em relação a essa questão.
Fila e orçamento
À Folha, Lupi disse que o Lula encarregou de tomar medidas para acabar com a “fila da Previdência”, ou seja a fila dos brasileiros que aguardam para se aposentar ou receber algum outro benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo ele, atualmente há 1,3 milhão de pessoas nessa situação.
Mas, para realizar todas essas ações, o futuro ministro afirmou que é preciso “ver o dinheiro que tem”. Lupi destacou que será preciso conversar com os colegas das pastas da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e do Planejamento, Simone Tebet (MDB), e ainda com o Congresso.
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