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Fila do INSS

Lupi diz que fila do INSS está em torno de 45 dias, mas Portal da Transparência não confirma

Carlos Lupi
Ministro da Previdência afirma que conseguiu reduzir pela metade fila do INSS em três meses, mas Portal da Transparência não confirma dados. (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

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O ministro Carlos Lupi, da Previdência, garantiu que o tempo de espera na fila do INSS está em torno 45 dias, em média, frente aos 49 apurados no final do mês de novembro. A afirmação, no entanto, contraria com a falta de dados no Portal da Transparência Previdenciária do ministério, que apresenta dados referentes apenas até o mês de setembro.

De acordo com os dados apresentados, até aquele mês, o tempo de espera para a concessão de um benefício chegava a 90 dias para 75% dos requerimentos analisados, além de uma fila de 1,6 milhão aguardando perícia médica inicial e análise administrativa (veja na íntegra, os dados foram consultados nesta segunda, 18/12, às 15h).

A disparidade de dados foi reconhecida por Lupi, que diz que há alguma falha na atualização das informações, mas que os reportes que chegam a ele apontam uma redução de quase pela metade em três meses.

“O tempo médio, da última transparência que tenho, é de 49 dias em novembro. Hoje está batendo 45 e isso eu garanto porque acompanho diariamente”, disse Lupi em entrevista ao Correio Braziliense publicada nesta segunda (18).

Segundo o ministro, os dados do portal são atualizados de um mês para o outro, com as informações de setembro publicada no começo de outubro e assim sucessivamente. No entanto, as informações de outubro e novembro ainda não foram divulgadas – o que ele considerou como uma falha que iria checar.

Carlos Lupi explicou que, embora o tempo médio de espera esteja em torno de 45 dias, pode variar de uma localidade para a outra. “Em São Paulo, a média de espera é de 32 dias. No Rio de Janeiro, está perto de 40. Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, abaixo dos 40. No Norte e no Nordeste, ainda é maior — alguns estão entre 50 e 48 dias. Vamos chegar em 31 de dezembro, quando termina o ano, na média de 45 dias. Está muito próximo”, afirmou.

Essa redução do tempo, diz, ocorreu por conta do chamamento de 1,2 mil funcionários concursados nos primeiros meses do ano, a implantação do Programa de Enfrentamento da Fila (PEF), que está completando três meses, e a operacionalização do Atestmed, um sistema em que os próprios requerentes enviam atestados médicos que dispensam as perícias da Previdência.

“Nos últimos seis meses, mesmo com uma entrada recorde de pedidos – em média 1 milhão por mês –, estamos atendendo mais solicitações do que as novas que chegam”, completou.

Apesar de garantir que o pagamento do bônus de produtividade aos funcionários e a automatização do sistema para atestados tenham ajudado a reduzir o tempo e a fila de espera, Lupi reagiu às críticas de médicos peritos contra o Atestmed. Eles afirmam que a plataforma fez uma espécie de “liberou geral”. “É uma categoria muito corporativa”, disparou o ministro.

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