O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, estimou nesta segunda-feira (17) que a geração líquida de empregos no mês de maio ficará entre 240 mil e 280 mil novos postos de trabalho formal. Segundo ele, o resultado será menor que em abril por questões sazonais. Lupi informou que em apenas duas vezes - em 2004 e 2009 - o mês de maio teve um resultado maior que abril.
Além disso, segundo o ministro, no primeiro quadrimestre a geração de emprego foi forte porque, além do crescimento que já haveria este ano, houve uma recuperação dos postos de trabalho que foram fechados em 2009. Lupi reafirmou a sua estimativa de que 2010 serão gerados 2,5 milhões de novos postos de trabalho, descontadas as demissões. A previsão inicial do Ministério era de criação de 2 milhões de novas vagas. No dia 1º de maio, Dia Mundial do Trabalho, Lupi divulgou a revisão para cima das estimativas.
PIB
Ao contrário da equipe econômica, o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, disse que um crescimento econômico entre 7% e 7,5% neste ano "é mais que razoável" para a economia brasileira. Segundo ele, a economia está recuperando o que foi perdido no ano passado por causa da crise financeira internacional e não se pode apavorar por causa disso. Ele não concorda com a avaliação de que a maior geração de empregos poderá pressionar o consumo e consequentemente a inflação. "O consumidor brasileiro está vacinado. Vai pensar duas vezes (para comprar) se ver aumento de preço", afirmou.
Lupi disse que não tem preocupação com a inflação porque está havendo uma maior conscientização do consumidor. "Eu sempre estou num ritmo diferente da compreensão dos analistas. O Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) chega primeiro que qualquer dado da economia. Se o emprego está bem, é porque a economia está bem", disse o ministro.
Ele afirmou que, se há aumento de contratações, é porque também está havendo aumento da produção, o que vai gerar mais oferta de produtos. Segundo ele, a produção industrial ainda tem muito o que crescer porque ainda está nos patamares de 2007. Lupi disse que o Brasil não pode ter "síndrome da pequenês" e defendeu um aumento maior do crescimento econômico. Ele lembrou que o governo já fará um corte de R$ 10 bilhões nos gastos que, na sua avaliação, deve ocorrer em custeio e novos investimentos para ajudar no controle da inflação.
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