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O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Luppi, criticou nesta terça-feira (2) os anúncios recentes de demissões nos setores de mineração e siderurgia. Reclamando de empresários que "têm uma visão muito pequena", Luppi disse que há segmentos no País que "só têm o objetivo, o princípio do lucro". Após um encontro com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), o ministro foi questionado sobre os cortes anunciados pela Usiminas e Vale na semana passada.

"Está havendo muitos exageros também. Porque alguns setores empresariais dessa área que você coloca (siderurgia e mineração) eles só têm o objetivo, o princípio do lucro", afirmou Luppi. "Na hora que diminui o lucro, a primeira coisa que fazem é demitir o trabalhador.

A Vale informou que irá demitir entre 250 e 300 funcionários a partir deste mês. Os afetados pela decisão seriam trabalhadores aposentados que ainda continuam na empresa ou empregados próximos da aposentadoria. Já a Usiminas anunciou o desligamento de 810 funcionários das usinas de Ipatinga (MG), Cubatão (SP) e da sede da empresa, em Belo Horizonte.

"É claro que temos consciência que tem dificuldades nessa área. Mas, por exemplo: China voltou a encomendar pesado a partir do final de março e abril; os Estados Unidos também estão voltando a encomendar; os carros nacionais estão vendendo bem, com isso precisa-se mais de aço para a fabricação de automóveis, para toda siderurgia", observou, ressaltando que o governo precisa ter "muita tranquilidade". "Porque alguns empresários têm uma visão muito pequena. Às vezes, estão matando a galinha dos ovos de ouro deles.

O ministro manteve o discurso otimista e a previsão de criação de um milhão de empregos formais no Brasil até o final do ano. "Minha previsão é de um milhão, mais de um milhão de empregos formais esse ano e mais de 2% de crescimento do PIB. Vocês estão gravando, estão me ouvindo e em dezembro vamos tirar a dúvida. Se os pessimistas estão certos ou se que aqueles que trabalham para o Brasil crescer estão certos".

GM

Para Luppi qualquer crise preocupa, porém não há nenhum indicativo de que o pedido de concordata da GM nos EUA possa gerar impactos negativos em sua unidade no Brasil. "A crise da GM não é no Brasil, onde está vendendo muito carro. A crise da GM é internacional. Agora, cada empresa em cada Estado tem sua autonomia. Aqui no Brasil está a (fábrica) que mais vende carro no mundo da General Motors", destacou.

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