O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quarta-feira (23) que será iniciada, na sexta-feira (25), nova inspeção massiva a todos os estabelecimentos comerciais do país para verificar se as margens de lucro definidas e os preços justos são respeitados. "Vamos iniciar, no âmbito da ofensiva global de produção, abastecimento e preços justos, com milhares de inspetores, uma jornada nacional de inspeção de todos os estabelecimentos comerciais do país, com vistas ao cumprimento da Lei de Preços Justos, para que sejam respeitados os preços dos bens de primeira necessidade", disse Maduro.

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O anúncio foi feito durante o programa de rádio Em Contato com Maduro. O presidente destacou que "quem brincar com a lei vai se dar muito mal", acrescentando que o abastecimento de alguns produtos alimentícios na Venezuela é afetado por diversos fatores.

"Há pessoas que não entenderam as mensagens de novembro e dezembro. Há perturbações induzidas por máfias que têm a ver com o contrabando", disse, referindo-se às medidas aplicadas no fim de 2013, quando o governo obrigou os comerciantes a baixar os preços dos produtos.

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Por outro lado, segundo ele, o governo procura "um ponto de equilíbrio no abastecimento de 50 produtos", cujos preços de venda ao público vão ser anunciados em breve. "Uns manterão os preços justos, outros vão baixar e outros vão subir", explicou, lembrando que a fixação de preços tem como propósito proteger o povo por meio de um sistema que estabelece mecanismos corretos que respeitam os processos produtivos e as cadeias de custos.

Nicolás Maduro informou que vai comandar hoje uma reunião da Conferência Econômica para a Paz, em que abordará os detalhes de uma nova ofensiva econômica a ser implementada em nível nacional. Em causa, "um plano de maior alcance para o crescimento da produção da nova economia, a garantia de abastecimento, satisfação de necessidades e garantia de preços justos", acrescentou.

Na Venezuela, as principais redes privadas de abastecimento de produtos alimentícios são propriedade de portugueses radicados no país, que mantêm ainda importante presença em outras áreas comerciais.