Sueli e Edilene se uniram há dez anos para montar a Fazendo Arte Baby.| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

O desejo comum de comandar o próprio negócio juntou a representante comercial Sueli Herman e a profissional do mercado financeiro Edilene Mazetto. Elas não se conheciam, mas uniram competências e economias e hoje são sócias da Fazendo Arte Baby, especializada em bolsas para bebês. Prestes a completar 10 anos em 2015, a empresa de Curitiba planeja crescer 15% por ano até 2020 e se prepara para um desafio – entrar com o pé direito na internet.

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Em um mercado amplo como de acessórios para mamães e bebês, elas encontraram um nicho. A produção das bolsas para acompanhar as mães durante a maternidade começou em 2005, em uma sala alugada de 30 m². Sem dinheiro para contratar funcionários, Sueli e Edilene comandavam, com a ajuda das famílias, as tesouras, a mesa de corte dos tecidos e a máquina de costura. Todo mundo botou a mão na massa para fazer o negócio dar certo. E deu. Hoje a empresa produz 8 mil bolsas por ano e fatura cerca de R$ 4 milhões.

Com potencial inexplorado, mercado interno é prioridade

Embora esteja presente em praticamente todos os estados brasileiros, a exportação ainda não está no radar da Fazendo Arte Baby.

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Os dois primeiros anos do negócio foram os mais difíceis, relembra Sueli. Muito trabalho e nada de dinheiro. Todo centavo que sobrava tinha como único destino o investimento no negócio. “Não tínhamos lucro. Colocávamos dinheiro na empresa”. Também foi nesse período que a empresa passou a ocupar um espaço de 800 m² em um centro empresarial no bairro Novo Mundo, onde está até hoje.

A carreira de 15 anos de Sueli como representante comercial na área infantil abriu portas. “Cheguei com o nosso produto e ganhei um voto de confiança”, conta. Embora as primeiras vendas tenham sido feitas na região de Curitiba, o primeiro grande pedido veio do Rio de Janeiro. Por intermédio de uma amiga, também representante comercial, Sueli e Edilene tinham em mãos uma encomenda de 700 peças para uma grande rede de lojas. “Foi uma loucura. Não tínhamos caixa de papelão para colocar as peças, marca, logo. As bolsas chegavam para o cliente embaladas em caixa de sabão em pó que a gente pegava no supermercado”, conta a empresária.

Portfólio

O portfólio de produtos da empresa é enxuto. São cinco tipos principais de bolsas com diferentes combinações de cores e materiais. Em média, um kit básico com três peças – mala para a maternidade, bolsa para uso no dia a dia do bebê e uma frasqueira – custa R$ 250. Além da marca própria, que atrai mães espalhadas Brasil afora, a empresa também produz peças para outras marcas. Para não “queimar a praça”, o negócio tem uma premissa – a demanda cresce atrelada à capacidade de aumento da produção. Na prática, isso significa crescer com o pé no chão, brinca Sueli.

Esse foi o ponto de partida. Daí em diante a expansão para outros estados foi uma questão de tempo. “Temos uma aceitação muito boa longe de casa, em estados do Sudeste, Norte e Nordeste, mas ainda precisamos trabalhar mais a marca com os vizinhos do Sul”, pontua Sueli.

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Há três meses, dois novos planos entraram no radar da Fazendo Arte Baby. O pontapé foi um consultoria em Inovação feita com o Senai. O primeiro se refere a mudanças no plano de negócios. A empresa se prepara para fazer parcerias. Ela vai integrar e complementar linhas de outras marcas, o que aumenta seu alcance.

O outro é a venda no e-commerce. A empresa deve investir cerca de R$ 350 mil para entrar na internet, um terreno novo e desconhecido. “O mercado off-line não te capacita para o e-commerce”, diz Sueli, que calcula em 14% do total o investimento necessário para desenvolver a marca no ambiente online.