São Paulo As vendas no setor supermercadista em maio registraram queda real de 4,04% em relação a maio de 2005 e de 8,51% na comparação com abril. No acumulado do ano, o setor apresenta recuo de 2,83% sobre o mesmo período do exercício anterior. Os dados são da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O declínio na comparação com abril é explicado pela Páscoa, que é a segunda melhor data em vendas para o setor, além do efeito calendário, pois houve um fim de semana a mais em abril. Além da ressaca de um abril aquecido, a retração de maio também tem como uma das causas a deflação nos preços de diversos alimentos.
A queda das vendas em termos reais em maio surpreendeu a Abras. A expectativa era de um resultado ainda negativo, mas não nestas proporções, disse o presidente João Carlos de Oliveira. Para ele a base de comparação, maio de 2005, era fraca, uma vez que o faturamento naquele mês tinha recuado também 0,27%. A retração é motivada, segundo ele, pela deflação dos alimentos, que persiste desde o final do ano passado, e pela continuidade, por parte do consumidor, da opção por produtos mais baratos.
A elevação de 16% do salário mínimo, que era esperada como um alento ao setor, não causou reflexos nas vendas ainda. "As pessoas devem ter usado o dinheiro para pagar dívidas", disse Oliveira. Para ele, o ambiente mais competitivo no setor acentua a perda de receita pelas empresas, pois as promoções e ofertas se intensificaram.
Perdas
8,5% de queda em relação a abril foi o resultado obtido pelo segmento supermercadista, segundo levantamento da Abras.
2,8% de perdas se acumulam neste ano, no faturamento dos supermercados, em relação ao mesmo período do ano passado.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast