A Índia iniciou hoje o maior censo da história, com 2,5 milhões de agentes atravessando o país para fotografar e colher as impressões digitais dos cidadãos para a elaboração de uma nova base de dados que será usada para a emissão dos primeiros documentos de identidade do país.
"Pela primeira vez na história da humanidade será feito um trabalho para identificar, contar, enumerar e registrar 1,2 bilhão de pessoas", declarou Palaniappan Chidambaram, ministro indiano da Habitação. Depois disso, prosseguiu ele, o governo pretende, pela primeira vez na história do país, emitir documentos de identidade a todos os cidadãos.
A presidente Pratibha Patil participou do início do trabalho censitário, que deverá se estender por 11 meses. O palácio da presidente foi a primeira casa onde foram coletados dados para a primeira fase do censo. No decorrer dos próximos meses, recenseadores percorrerão mais de 630 mil povoados e 5 mil cidades e registrarão toda e qualquer estrutura que sirva de lar para algum cidadão ou alguma família.
De arranha-céus a favelas, os recenseadores coletarão detalhes como acesso a água potável e eletricidade e o tipo de material usado nas construção. Eles também registrarão milhões de pessoas que vivem em plataformas de trens, embaixo de pontes e em parques espalhados pelo país.
A Índia promove, em média, um recenseamento a cada dez anos. O primeiro censo foi realizado em 1872, quando a Índia ainda era uma colônia britânica. No entanto, o país até hoje não dispõe de um sistema de numeração e documentos de identidade.