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Maioria dos IPOs desde 2005 deu prejuízo ao investidor

A rentabilidade das ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) realizadas no Brasil desde 2005, corrigida pelo CDI, foi negativa em 15%, segundo levantamento divulgado pela Credit Suisse Hedging-Griffo, gestora de ativos com patrimônio superior a R$ 45 bilhões. A análise considera a rentabilidade que um investidor teria obtido até a data atual se tivesse mantido os papéis comprados na oferta inicial. Entre os setores com desempenho positivo estão telecomunicações, concessões e imóveis, enquanto consumo, empresas financeiras, petróleo e indústria puxaram o desempenho para baixo. Desconsiderando o efeito negativo da OGX, o total ainda seria negativo em 12,6%. "Quase nenhum setor compensou o risco de equity", disse o diretor da empresa, Luis Stuhlberger, acrescentando que quanto mais dependente de resultados futuros a empresa, pior o desempenho. Dos 117 IPOs avaliados pela Hedging-Griffo, 37 geraram resultados positivos para o investidor, com rentabilidade superior ao CDI, enquanto os 80 restantes ficaram abaixo. No grupo considerado de qualidade pelo diretor existem cerca de 50 empresas, dentre as quais CPFL, Duratex, Itaú Unibanco, Klabin, Localiza, Lojas Renner, Odontoprev, Porto Seguro, Totvs, Ultrapar, Aliansce, AES Tietê, Cyrela e AmBev.

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