Uma pesquisa feita nos Estados Unidos revela que os jovens nascidos entre 1980 e 2000 – a geração do milênio, ou “millennials” em inglês – desenvolveram um interesse amplo por notícias e informações. O levantamento mostra que 85% dos jovens dizem que acompanhar as notícias é importante de alguma forma, 69% afirmam que “consomem” notícias diariamente e 40% dizem que pagam para ter acesso a pelo menos um serviço noticioso.
A conclusão do estudo do Media Insight Project, uma parceria do American Press Institute e a Associated Press-NORC Center for Public Affairs Research, é a de que a geração do milênio tem um contato mais abrangente com a informação do que gerações anteriores. Esse seria um efeito da “conexão” com várias fontes e portas de entrada para o conhecimento a respeito do que ocorre no mundo. Para seus autores, a pesquisa desmente a impressão de que os jovens veem a realidade de forma passiva e acrítica.
Segundo o levantamento, os jovens americanos fazem parte, em média, de três redes sociais. São elas, em especial o Facebook, a principal porta de entrada para as informações sobre o que está ocorrendo. Para 70% dos “millennials”, os feeds das redes sociais são compostos por diversos pontos de vista, semelhantes e diferentes do seus próprios.
As redes sociais são complementadas por outras fontes, como mecanismos de busca e sites de notícias. Os jovens costumam usar as redes sociais como principal entrada para temas de estilo de vida, como cultura pop, celebridades, gastronomia e saúde. Notícias de economia, segurança, informações locais, entre outras, são primeiramente buscadas em fontes que reportam esses assuntos, como sites de notícias, jornais e a televisão.
A principal razão que leva os jovens a buscar informações é estar informado e ser um cidadão melhor (citada por 57% dos entrevistados), seguida de entretenimento (53%) e a vontade de conversar sobre as notícias com outras pessoas (53%). O principal meio para a busca é online, com 82% dos “millennials” assumindo que obtêm a maior parte das informações que consomem na internet.